RC ataca vereador que pediu detalhes sobre gastos: "cercado de malícia e vontade de aparecer"

16:13 | Dez. 27, 2018

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Um dia após a Justiça determinar que a Prefeitura de Fortaleza apresente até sábado, 29, os gastos detalhados com o Réveillon, o prefeito Roberto Cláudio (PDT) criticou o vereador Márcio Martins (Pros), autor do despacho. “É um pedido inócuo, cercado de malícia, interesses dúbios e uma certa vontade de aparecer”, atacou o pedetista em entrevista ao jornalista Ítalo Coriolano, na rádio O POVO CBN. 
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Ainda na noite de quarta-feira, 26, a assessoria de imprensa do Município já havia acusado o parlamentar de agir em "litigância de má-fé". Na entrevista, Roberto Cláudio reforçou as críticas. “Não só respeito como aprecio o papel fiscalizador de qualquer parlamentar, mas a má-fé, a malícia e a indução ao erro para criar factóides e merecer esse tipo de atenção acaba não sendo benéfico, real e honesto com a coisa pública”, disse. 

Segundo o prefeito, as informações solicitadas por Martins já foram publicadas no Diário Oficial do Município e checadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). “Virou moda inventar uma mentira e o ônus da prova ficar com quem recebeu a mentira. Honestamente, não vale perder tempo nem com esse vereador nem com o debate sobre isso”, concluiu o chefe do Executivo de Fortaleza. 

Transparência

Na quarta-feira, Márcio Martins havia reconhecido que parte das informações sobre licitações e contratos estão disponíveis no Portal da Transparência. Ele, contudo, alegou que sentiu necessidade de pedir a cópia de contratos da festa de 2018/2019, bem como cópias de extratos bancários de transferências. 

“Não tive outra escolha. Tenho dúvidas e pretendo me debruçar sobre esses documentos”, disse. Márcio diz que um dos questionamentos que ele tem é em relação a uma empresa que foi responsável pela captação de recursos para o Réveillon. 

De acordo com ele, a empresa teria captado R$ 900 mil para a festa e, em contrapartida, receberia 20% do valor. Entretanto, em consulta ao Portal da Transparência, Márcio afirma ter visto que a empresa teria ficado com R$ 650 mil, quase meio milhão a mais do que o combinado.