PF faz operação contra lavagem de dinheiro no Ceará e em outros cinco estados

Atualizada às 22h22min

A Polícia Federal prendeu ontem oito pessoas durante a deflagração da operação Efeito Dominó, contra lavagem de dinheiro de tráfico internacional de drogas. Um dos presos foi o doleiro Carlos Alexandre de Souza Rocha delator da Lava Jato conhecido como Ceará.

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A operação foi realizada no Ceará e em outros cinco estados e no Distrito Federal. Em Fortaleza, foram cumpridos um mandado de busca e apreensão e um mandado de prisão temporária contra um “laranja” de Luiz Carlos da Rocha, o Cabeça Branca, narcotraficante preso em 2017. O nome do detido na Capital não foi divulgado.

Ceará trabalhava para Alberto Youssef, um dos principais personagens da Lava Jato. Em nota, a PF informou que identificou “uma complexa e organizada estrutura destinada à lavagem” de dinheiro. Além de Carlos Alexandre, a “atuação concreta e direta” de outro doleiro, Edmundo Gurgel Júnior, foi identificada. Ambos eram conhecidos de operações anteriores da PF e foram alvos de investigações pelas práticas dos mesmos crimes. “Quanto ao operador financeiro já investigado da Operação Lava Jato (Ceará), chama atenção o fato de ter retornando às atividades ilegais mesmo tendo firmado acordo de colaboração premiada com a Procuradoria Geral da República e posteriormente homologado pelo Supremo Tribunal Federal”, afirma a PF.

As ordens judiciais foram cumpridas no Ceará e Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraíba, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e São Paulo. A ação é um desdobramento de investigações iniciadas em 2017 e que resultaram na operação Spectrum, quando a PF desarticulou uma enorme estrutura estabelecida para o tráfico internacional de drogas que era comandada por Luiz Carlos da Rocha. Ele é considerado um dos maiores traficantes de drogas da América do Sul e está preso em Mossoró (RN). Os presos de ontem foram conduzidos à Superintendência da PF em Curitiba onde permanecerão à disposição da Justiça Federal.