Festa celebra os 50 anos de fundação da Casa de Cultura Francesa da UFC

[FOTO2]A data da criação do Centro de Cultura Francesa passou pelo fim da Belle Époque. No período, a influência de Paris chegava à Cidade pela arquitetura, música, literatura, língua, entre os anos 1850 e 1925. Mesmo assim, aquele dezembro de 1968 representou uma oportunidade para dezenas de pessoas, a maioria formada por jovens, de aprender a língua dentro cotidiano, na universidade, com qualidade e a baixo custo. A hoje Casa de Cultura Francesa realiza uma série de celebrações até dezembro, no ano em que se comemora o aniversário.

[SAIBAMAIS]Aos 50 anos, a Cultura Francesa permanece atualizada e sempre em renovação. O mais jovem entre os centros de línguas da Universidade Federal do Ceará (UFC) - o primeiro foi a Hispânica, em 1961 - a Cultura Francesa se consolida, segundo a coordenadora Virgínia Grippon, como mais que um projeto de extensão. Ela é um verdadeiro intercâmbio de ideias sobre os saberes da França. “Nos sentimos muito orgulhosos de desenvolver esse trabalho que é único no Brasil. Nossos alunos são competitivos e ativos dentro da universidade”, aponta.

Em seus sete semestres, a Cultura francesa tem hoje cerca de 9.500 alunos. Já chegou a ter, no entanto, 15 mil estudantes ao longo de todo o curso. A principal dificuldade, segundo a professora da CCF Cláudia Giraud, é a falta de concursos públicos para substituir os professores que se aposentam. Segundo ela, na década de 1990, eram 15 os educadores fixos na Casa e hoje, apenas nove, com a ajuda dos substitutos. Uma vitória conseguida por todas as Casas de Cultura foi a lei que determina a realização imediata de concurso para todo professor que se aposentar.

Coordenadora na terceira gestão, Virgínia é professora da CCF há 23 anos de um total de 50 desde a criação da casa, mas o relacionamento não se limita à cultura. Tem marido, que conheceu durante o doutorado na França, e filhos franceses.  

 

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Residência em estilo eclético em que funciona a Casa de Cultura Francesa foi construída na década de 1940. Foi nessa época, segundo o arquiteto e urbanista Romeu Duarte, que as chácaras no bairro Benfica foram construídas como local para passar o fim de semana ou as férias para os moradores de Fortaleza. “Era uma forma de estar perto do conforto da Capital e manter o costume do campo, como o plantio de tomates e criação de animal”, explica. 

O restauro, segundo Duarte, deve preservar a casa com a forma como ela foi criada, porém, com algumas adaptações para pessoas com deficiência.

O Benfica foi umas primeiras expansões na direção sul de Fortaleza, no fim do século 19. O crescimento, ainda de acordo com Duarte, foi impulsionado pela linha de bonde que ligava Fortaleza até o então sítio do Benfica. Poucas são as casas de chácaras que restam o bairro.

A pesquisa de Romeu Duarte, junto com o arquiteto Liberal de Castro, professor aposentado da Universidade Federal do Ceará, chegou a conclusão de proximidade do projeto do Náutico Atlético Cearense, no Meireles; da Base Aérea, no Bairro de Fátima, e das Igreja das Irmãs Missionárias, na avenida Rui Barbosa, elaborados por Emílio Hinko.

Lançamento do ano do Jubileu de Ouro da Casa de Cultura Francesa com a presença do embaixador da França no Brasil, Michel Miraillet

Lançamento do livro comemorativo do ano do Jubileu de Ouro;

Apresentação da marca e selo comemorativo;

Apresentação do projeto executivo de restauração arquitetônica da Casa de cultura Francesa feito pelo arquiteto Romeu Duarte

Quando: Hoje, 3 de maio

Horário: 15 horas

Local: Auditório da Reitoria da Universidade Federal do Ceará, na Avenida da Universidade, 2853 - Benfica

Ano de fundação das Casas de Cultura Estrangeiras da Universidade Federal do Ceará: