Chacina em Fortaleza: o que se sabe até agora

Crime ocorreu em Cajazeiras, bairro da periferia de Fortaleza. Confira o que se sabe até agora sobre como foi o crime, mortos, feridos, motivação e as investigações

15:00 | Jan. 27, 2018

A maior chacina registrada no Ceará ocorreu na madrugada deste sábado, 27, em uma festa no bairro Cajazeiras. Confira todas as informações disponíveis até o momento sobre o caso:

Como foi o crime?
Moradores informaram que grupo de homens armados e encapuzados chegou à rua Madre Tereza de Calcutá, no bairro Cajazeiras, onde estava acontecendo a festa chamada popularmente de “Forró do Gago”. Os suspeitos desceram dos carros já atirando e invadiram a festa. Pessoas fugiram. Os criminosos, após saírem do local, ainda circularam pelas ruas do entorno em busca de quem fugiu. O crime ocorreu por volta das 0h30min deste sábado, 27.

Quantas pessoas morreram?
A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou que 14 pessoas morreram no local, oito mulheres e seis homens. Sete delas já foram identificadas, sendo três homens e quatro mulheres - duas das quais, adolescentes. O POVO Online apurou que pelo menos uma pessoa teve morte cerebral confirmada após ser encaminhada ao hospital. Mais cedo, o presidente da Associação dos Profissionais da Segurança Pública do Ceará (APS), Reginauro Sousa, chegou a informar que foram 18 mortes, mas o número não foi confirmado.

Quantas pessoas foram feridas na chacina?
De acordo com a SSPDS, outras seis pessoas ficaram feridas, duas delas estão em estado grave. O Instituto Doutor José Frota, no entanto, informou que dez vítimas do caso foram atendidas no Frotinha da Messejana na madrugada. Dessas, oito receberam alta. Um homem segue internado em estado grave e uma adolescente de 17 anos foi transferida ao IJF. Nove pessoas seguem no IJF: duas mulheres (23 e 19 anos), quatro adolescentes (duas de 16 anos e duas de 17 anos), um homem (24 anos), um adolescente (16 anos) e uma criança (12 anos).

Qual foi a motivação?
As informações preliminares apontam que o crime foi ocasionado por uma facção criminosa. A área onde ocorreu o crime seria dominada por uma facção rival a dos atiradores. As vítimas teriam sido escolhidas aleatoriamente.

O que diz a SSPDS?
O órgão convocou reunião na manhã de hoje para tratar sobre esse crime. O secretário André Costa evitou afirmar que o crime tenha ocorrido por facção criminosa. Segundo ele, não há como confirmar, mas as investigações já foram iniciadas. Costa também classificou o crime como um "evento isolado". "No mundo todo há evento que matam pessoas em boates... É uma situação criminosa, que foi organizada, planejada e veio a ser executada", disse. O secretário disse ainda que "não há perda de controle" da violência no Estado para as facções criminosas.

 

Como estão as investigações?
Uma pessoa foi presa suspeita de participação no crime. Um fuzil foi apreendido com ela. Equipes da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), dos Batalhões de Policiamento de Rondas e Ações Intensivas e Ostensivas (BPRaio), da Polícia de Choque (BPChoque) e da Força Tática e do Policiamento Ostensivo Geral (POG) participam das ações.

 

Policiais do 13º Distrito Policial (DP) foram ao local do massacre na manhã seguinte ao crime. Confira vídeo:

 

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