Um dia após se casarem, noivos ajudam a organizar cerimônia para pessoas que não podiam pagar
Alex e Priscila se casaram no último sábado, 7. No domingo, uma festa foi organizada de forma colaborativa para outros dez casais
15:47 | Jan. 07, 2018
Cada um dos dez padrinhos escolheu um casal de amigos ou conhecidos que já estavam juntos em relação estável há algum tempo, mas ainda não haviam conseguido se casar por questões financeiras. Todos os presentes dados ao designer e à publicitária foram doados aos outros dez casais, surpresa que só foi revelada no dia da cerimônia, no sábado, 6. Funcionários de empresas relacionadas à organização da primeira festa se voluntariaram para trabalhar de graça no casamento coletivo, que aconteceu no La Maison Buffet.
“Virou algo mais desafiador que o casamento da gente. Estamos vivendo histórias muito bonitas”, conta Alex, idealizador do que se chamou "Projeto Casamenteiroos". O noivo explica que a iniciativa só se tornou possível com a ajuda de todos que se envolveram no projeto. "Um multirão”, como define. “Cada um começa a doar o que pode, o que tem”.
Elizangela Nascimento, 40, foi uma das noivas que participaram do casamento coletivo. Por trabalhar como manicure, ela se voluntariou para ajudar a arrumar as companheiras no dia especial. “O casamento para mim é uma benção de Deus. Tô super ansiosa, animada”, diz. Mesmo vivendo já há oito anos com o chaveiro Jeilson Ires, 36, o casamento só se tornou possível agora por causa das condições financeiras.
A situação era a mesma para a garçonete Sayonara Pinheiro, 25. “É um sonho que a gente não tinha condições de realizar. Fiquei muito feliz”, comemora. A noiva já havia se casado no civil com o cozinheiro Pablo Pinheiro, 24, mas o casamento religioso e a festa eram metas que teriam de ser deixadas para depois, se não tivesse aparecido a oportunidade.
Segundo o Alex Façanha, o plano é que o "Projeto Casamenteiroos" continue, celebrando anualmente a união do casal. “Eu quero fazer algo muito maior”, destaca. “A festa de casamento não é supérflua. A gente vê que consegue realizar muitas coisas na vida dos outros”, complementa.