Homem que se filmou fazendo disparo em via pública será julgado depois de mais de quatro anos

Julgamento está marcado para outubro deste ano, dois anos após a última audiência

13:00 | Jan. 08, 2018

Print de vídeo mostra homem com arma na mão e dentro do carro (foto: )
[FOTO1]Conhecido por publicar vídeo nas redes sociais efetuando disparos na rua enquanto dirigia, o empresário Ronald David Taveira, de 36 anos, será julgado no dia 29 de outubro deste ano. O vídeo foi publicado no dia 28 de janeiro de 2014, há quase quatro anos. Ronald Taveira chegou a ficar preso durante 12 dias, no mesmo ano, e aguarda julgamento em liberdade desde então.
 
"Tô doido. Vou meter bala agora, não sei em quem", falava o empresário no vídeo de pouco mais de 20 segundos. Além de disparar em direção às casas, Taveira usava a expressão "papoca, menino".

O empresário foi procurado pelo O POVO Online durante a última semana, mas não houve retorno a nenhuma das tentativas. O então advogado dele, Paulo Pimentel, afirma que deixou o caso após conseguir a revogação da prisão preventiva do empresário.

Após ter liberdade determinada, Taveira precisou comparecer ao Fórum Clóvis Beviláqua a cada dois meses para manter a Justiça informada das suas atividades, além de ficar proibido de deixar o Estado por mais de oito dias. Em seu perfil no Instagram, Ronald ostenta viagens para fora do País. O perfil foi trancado após a primeira tentativa de contato da reportagem.

De acordo com o Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE), a última audiência de instrução e julgamento havia sido marcada para 21 de julho de 2016, mas não ocorreu por não comparecimento das testemunhas de defesa. O TJCE ficou de informar se o empresário ainda cumpre alguma determinação da Justiça, mas não houve resposta até a publicação desta matéria.
 
Ronald Taveira foi denunciado pelos crimes de disparo em via pública e crime de trânsito, por conta da embriaguez ao volante, no dia 10 de dezembro de 2014. As acusações de apologia ao crime, porte ilegal de arma de fogo e tentativa de homicídio por dolo eventual não foram levadas à frente pela Divisão de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).

Contatado, o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) afirma que o então promotor Francisco Gomes Câmara, da 1ª Vara Criminal de Fortaleza, não está mais responsável pelo caso. Até a publicação desta matéria, o MPCE não identificou o novo promotor. 
 
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Ainda em janeiro de 2014, Ronald compareceu espontaneamente à sede da DHPP, acompanhado de um advogado, e recebeu voz de prisão. Ele alegou que a arma era de brinquedo, e confessou que estava voltando de uma festa em um carro Mercedes C-180. No dia 12 de fevereiro seguinte, ele foi solto por "inexistência de motivos de decretação custodial".  
 
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Redação O POVO Online