Polícia Federal encerra 20 atividades de segurança clandestina em Fortaleza

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A Polícia Federal do Ceará encerrou 20 atividades de segurança clandestina em Fortaleza, durante a Operação Crixux, concluída nesta quinta-feira, 10, com um Workshop para empresas e vigilantes. Os casos se referem a locais que contratavam seguranças particulares sem intermédio de empresas especializadas. A ação foi iniciada no Fortal 2017, no último dia 20 de julho, para fiscalizar a atividade de segurança privada em estabelecimentos da Capital. Os policiais ainda lavraram 11 Autos de Infração de Constatação contra empresas de segurança privada.

O trabalho fiscalizatório foi realizado no Fortal, em 48 postos de combustível, sete bares e casas de show, além de 14 barracas de praia. Ao todo, foram fiscalizados 136 vigilantes, segundo o delegado Francisco Leite Bezerra, chefe da Delegacia de Controle de Segurança Privada (DELESP/CE). "A segurança privada só pode ser exercida quando se obtém autorização da Polícia Federal, então durante essa operação nós visitamos vários locais em que era exercida essa atividade. Em alguns, nós constatamos que existia a segurança regularmente funcionando. Em outros, não,", aponta ele.

As infrações mais comuns detectadas na operação foram vigilantes com curso vencido ou falta do curso de reciclagem, no caso das empresas especializadas em segurança privada. As 20 atividades encerradas se referem aos estabelecimentos - bares, casas de show, barracas de praia e outros pontos comerciais - que contratam segurança própria, sem autorização da PF, mas o funcionamento dos outros serviços não é afetado. Após notificação, elas têm um prazo de dez dias para se regularizarem, mas a reincidência pode configurar crime de desobediência.

“São encerradas só as atividades de segurança, por exemplo, a gente vai numa casa de show e ela está com uma segurança irregular. O que é encerrada não é a casa de show, mas a atividade de vigilância. Só pode exercer a atividade de segurança se tiver nossa autorização ou contratar uma empresa que é autorizada”, frisa o delegado.

Quando as empresas especializadas em segurança privada são autuadas, elas também têm prazo de dez dias para recorrer. Quando a quantidade de multas chega ao excesso chamado de "Contumácia", a empresa será fechada em definitivo. Para reabrir, os donos precisam efetuar o pagamento de todas as multas e solicitar novo processo de autorização.

Com o workshop, a PF busca aproximar o trabalho policial das empresas prestadoras de serviço de segurança, dos sindicatos e dos vigilantes. "A atividade de segurança privada é complementar à segurança pública, então de certa forma ela auxilia e contribui para a segurança do cidadão na nossa sociedade", completa.

Saiba mais
O nome da operação faz referência ao gladiador homônimo de Roma, líder dos gladiadores ao lado de Spartacus, no ano 73 antes de cristo. A ação é batizada assim porque integra universo de denominação da antiguidade utilizada por empresas de segurança.

FORTAL:

5 empresas prestando serviços de atividade privada;
81 vigilantes vistoriados;
38 vigilantes irregulares (14 com curso vencido, 22 sem curso de grandes; eventos, sem habilitação para vigilância)

POSTOS DE COMBUSTÍVEL:
48 postos vistoriados;

9 empresas prestando vigilância;

2 autos (1 por curso vencido e 1 por equipamento inadequado);
9 autos de encerramento de atividades clandestinas

ESTABELECIMENTOS DE DIVERSÃO:
7 bares e casas de shows vistoriados;
2 atividades encerradas;
3 empresas prestando serviços;
34 vigilantes vistoriados;
2 vigilantes com curso vencido;
2 não foram encontrados na atividade de vigilância

DIVERSÃO E LAZER DA ORLA MARÍTIMA:
14 barracas de praia vistoriadas;
9 atividades clandestinas encerradas;
4 empresas fazendo segurança;
3autos lavrados ( 1 por vigilante sem habilitação e 2 por curso vencido)
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