Sejus confirma morte de cinco detentos durante rebeliões de presos no Ceará
A visitação nas CPPLs II, III e IV, foi suspensa neste domingo, 22, e a situação permanece instável. Dois corpos achados no sábado ainda precisam ser identificados
19:05 | Mai. 22, 2016
As duas primeiros mortes foram registradas na Casa de Privação Professor José Jucá Neto (CPPL III), no sábado, 21. A Perícia Forense ainda fará a identificação das vítimas.
Três detentos morreram na manhã deste domingo, 22, durante rebelião na Unidade Prisional Desembargador Francisco Adalberto Barros de Oliveira Leal, conhecida como "Carrapicho", em Caucaia. A Sejus diz que as mortes foram em decorrência de conflitos entres os próprios detentos.
Os presos mortos nesta manhã, em Caucaia, são: Roberto Bruno Agostinho da Silva, 23 anos, que respondia por homicídio; Rian Pereira Paz, 33 anos, que respondia por tráfico de drogas; e Daniel de Sousa Oliveira, 22 anos, que respondia por homicídio e latrocínio (roubo seguido de morte).
A visitação nas CPPLs II, III e IV, foi suspensa neste domingo, 22, e a situação permanece instável. A secretaria de Justiça explicou que não houve novos conflitos, mas o Sindicato dos Agentes e Servidores Públicos do Sistema Penitenciário (Sindasp-CE) relata rebeliões nessas unidades.
[SAIBAMAIS 4] No Instituto Penal Feminino Desembargadora Auri Moura Costa, Penitenciária Francisco Hélio Viana e no Instituto Penal Professor Olavo Oliveira II (IPPOO II), os presos receberam visitas normalmente.
O Ministério Público Estadual (MPCE) informou que eram ao menos quatro mortos, enquanto fontes da Perícia Forense falavam em oito.
Greve dos agentes penitenciários
Uma série de rebeliões e confrontos foram registrados nas unidades prisionais cearenses, no último sábado, 21, durante a greve dos agentes prisionais.
A paralisação dos agentes começou à meia-noite de sábado e durou até o fim da tarde, quando foi feito acordo com o Governo do Estado.
Os familiares de detentos foram impedidos de entrar nas unidades no horário de visitas, o que desencadeou protestos na BR-116, com queima de pneus. A proibição de visitas fez com que os presos quebrassem celas e incendiassem colchões nas CPPLs I, II e IV.
À espera de notícias, familiares fizeram uma aglomeração na frente do Complexo Penitenciário de Itaitinga. Algumas pessoas choraram, passaram mal e fizeram correntes de oração. Pelo menos três rabecões foram ao local.