Reitoria regulamenta alimentação de animais no campus
Com o intuito de coibir a presença de animais abandonados no campus do Itaperi e prevenir risco de doenças, a universidade quer implantar ilhas de ração. Nas redes sociais, funcionários, alunos e interessados no tema debatem a decisão
De acordo com a portaria, o não cumprimento da decisão acarreta “registro na ficha funcional e, no caso de reincidência, na aplicação das punições regimentais próprias ao servidor ou discente envolvido”. O reitor José Jackson Coelho explica que, em termos práticos, a aplicação da multa envolve repreensões orais e escritas antes de qualquer abertura de processo administrativo. “Não estamos focando na questão punitiva”, esclareceu o gestor.
A presença dos bichos em salas de aula, por exemplo, poderia acarretar doenças ou gerar inconvenientes para pessoas alérgicas a pelo, justificou Coelho. “Temos manifestações frequentes de gente que foi mordida por gato ou cachorro”. As manifestações teriam sido mote para a elaboração da portaria. “Exigiam a minha resposta”, disse o reitor.
Ilhas de ração
Um projeto da Uece, em parceria com a Faculdade de Veterinária (Favet), prevê a criação de seis ilhas de ração - chamadas de ilhas de arraçoamento - distribuídas no campus do Itaperi para alimentação dos animais, em especial gatos e cães. “Temos pessoas, às vezes muito generosas, que querem cuidar (dos bichos) mas não entendem que alimentar um animal não é apenas botar restos de comida no chão”, alegou o reitor da Uece.
Além dessa medida, serão fixadas placas na entrada da universidade indicando que o abandono de animais é considerado crime e deverá ser criada uma comissão, com representantes da Favet e de sociedades de proteção ao animal, para coordenar as atividades de regulamentação sobre abrigo e alimentação dos bichos no campus.
Repercussão
Nas redes sociais, estudantes e funcionários da Uece debatem a decisão da reitoria. “Eu adoro a companhia dos gatos e cães, mas existem pessoas que têm problemas de saúde e não podem ter eles por perto. E, depois, quem os abandona deve ser punido, já que é crime”, argumentou uma internauta na página da universidade no Facebook. “Mas, da forma como o reitor colocou, ele quer mesmo é exterminar os gatos e cachorros que aqui se encontram”, rebateu outra internauta.
Redação O POVO Online