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Juíza nega liberdade para PMs acusados de torturar e matar pedreiro

Francisco Ricardo Costa retornava do trabalho em fevereiro de 2014 quando foi confundido com um assaltante e morto por três soldados do Ronda, na Maraponga

18:11 | 09/01/2015
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A juíza Christianne Braga Magalhães Cabral, respondendo pela 1ª Vara Criminal do Júri de Fortaleza, negou, nesta última quinta-feira, 8, o pedido de liberdade provisória para os policiais militares Dennis Bezerra Guilherme, José Milton Alves Maciel Júnior e Washington Martins da Silva, acusados da morte do pedreiro Francisco Ricardo Costa de Souza.

Os reús alegaram que não havia mais motivos que fundamentassem a prisão, pois já haviam prestado todos os esclarecimentos na audiência de encerramento da fase de instrução do processo, realizada no dia 15 de dezembro. 

No entanto, a magistrada afirmou na decisão que a prisão dos acusados foi decretada, considerando a garantia da ordem pública, razão que “se mantém firme e clara, mesmo com o término da instrução criminal”.
[SAIBAMAIS 3]
Além disso, a juíza também levou em conta o clamor social provocado pelo crime. “Ressalte-se ainda que a natureza do crime, ou seja, um homicídio triplamente qualificado em que se cogita a inobservância de preceitos básicos por parte de agentes da Polícia Militar, causou grande clamor público à população, bem como reproduziu grande sentimento de impunidade no seio social, incentivadora da violência e de crimes bárbaros como o que ora se analisa”, explicou.

Relembre o caso
  
Os soldados acusados de espancar e matar o pedreiro confundiram Francisco com um assaltante quando ele retornava de bicicleta para casa, no dia 13 de fevereiro de 2014, no bairro Maraponga. Os três integravam o Ronda.

Segundo denúncia do Ministério Público do Ceará (MP/CE), mesmo tentando esclarecer o engano, Francisco foi algemado, colocado dentro da viatura e levado para um matagal onde foi espancado por aproximadamente 30 minutos. Os PMs deixaram a vítima no local e fugiram.
Redação O POVO Online
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