O diagnóstico da estiagem no Ceará e a situação das 12 bacias hidrográficas do Estado são apresentados, na manhã desta sexta-feira, 30, em reunião entre Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) e o Ministério Público do Estado do Ceará, na sede da Procuradoria Geral da Justiça.

Uma campanha racional de uso da água e a quarta fase de montagem de adutoras emergenciais são algumas das ações de um plano de convivência com a seca, segundo João Lúcio Farias, presidente da Cogerh. O conjunto de medidas ainda não foi revelado e deve ser anunciado pelo governador Camilo Santana em entrevista coletiva ainda a ser agendada.

Na reunião desta manhã, são discutidas, a portas fechadas, ações para priorizar o consumo humano da água. É o segundo encontro envolvendo MP e Cogerh com o foco na estiagem que castiga o Estado desde 2012. Na última sexta-feira, 23, os órgãos decidiram convocar os promotores de Justiça do Interior para acompanhar a discussão.

Conforme avaliação do presidente da Cogerh, a situação exige cuidado no uso da água no Estado, agora com 20% do volume nos reservatórios. Ele destaca que a Região Metropolitana continua com a situação mais confortável no Ceará, contando com a reserva dos açudes Orós e Castanhão. No entanto, 89 açudes têm volumes em torno de 10% da capacidade.

[SAIBAMAIS 2] Para a cidade de Crateús, em risco de colapso nas próximas semanas, o socorro deve vir com a conclusão de uma adutora emergencial trazendo água do açude Araras, em Varjota. Conforme João Lúcio, o equipamento deve ser inaugurado entre os dias 7 e 10 de fevereiro, a tempo de evitar a falta de água na sede do município.

De acordo com a promotora Socorro Brilhante, coordenadora do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente, o MP deve cooperar com as medidas e cobrar a execução do Plano Estadual dos Recursos Hídricos. A partir do encontro desta sexta-feira, 30, devem ser agendados outras reuniões sobre a situação hídrica do Estado.