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Hélio de Sousa Costa

03:00 | 12/05/2013
A você mamãe!
A notícia da chegada do primeiro filho é algo mágico na vida de qualquer mulher. Na maioria das vezes, essa dádiva é comemorada com muito entusiasmo e alegria. Estes sentimentos são mais fortes quando a futura mãe tem o apoio de todos ao seu redor, principalmente de sua família. No entanto, minha mãe não usufruiu deste importante privilégio.
Criada no seio de uma família adepta ao evangelismo, minha mãe, sem pensar nas consequências de seu ato, quebrou um dos principais preceitos determinados por essa religião ao engravidar antes do casamento. Sua atitude fez com que pagasse um alto preço, que foi ser desprezada por seu pai. Contudo, ela não se desanimou e casou com o pai de seu filho na tentativa de se redimir.
O tempo passou e ela seguiu em frente, sempre com muita garra e coragem buscando sempre o melhor.
Com o 1º Grau Completo foi aprovada em um concurso público e passou a trabalhar como Auxiliar de Serviços Gerais em nossa cidade, Coreaú. Todos os dias percorre cerca de 7km de bicicleta, às vezes de moto, até a escola onde trabalha. Ganha um salário mínimo, e, com ele, garante o sustento de seus filhos. Ela tem a ajuda de seu marido, meu pai, que é agricultor. Ele não produz muita coisa, mas ajuda muito.
Sou seu primeiro filho, além de mim vieram mais três que dão continuidade a uma história cheia de obstáculos que são dia a dia superados com muita força e determinação, características marcantes dos seres especiais que são as mães.
Agradeço a minha querida mamãe por ter se arriscado e enfrentado sua religião e consequentemente seus pais, senão eu não teria nascido e não estaria aqui, agora, para contar aos leitores do O Povo esta linda história.
Obrigado Benedita Araújo de Sousa Costa!

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