Um encontro realizado na manhã desta quinta-feira, 9, no Theatro José de Alencar, em Fortaleza, reuniu gestores de equipamentos culturais localizados no Centro, representantes do poder público e moradores da região central da cidade. O encontro teve o objetivo de discutir caminhos e possibilidades para as instituições de cultura localizadas na região.

“Nós realizamos esses encontros desde 2008 e acabamos tomando conhecimento de números que mudam o discurso em relação ao Centro. A partir deles, a gente começou a se perguntar como era possível você ter uma área tão potente e ser, ao mesmo tempo, uma das áreas mais degradadas da cidade”, disse Izabel Gurgel, diretora do Theatro e organizadora do encontro. Segundo ela, o Centro é hoje o bairro da capital com maior concentração de endereços culturais, são mais de 30. “Precisamos que as pessoas olhem para cá de uma outra maneira”, explica.

Já para o turismólogo Gerson Linhares, idealizador dos projetos Fortaleza a Pé e Caminhos de Iracema, falta educação patrimonial. "Não adianta reformar se o cidadão não se sensibilizar com a causa da preservação”, acredita.

Durante o encontro, o secretário executivo da Secretaria Executiva Regional do Centro (Sercefor), Ricardo Sales, informou que existem projetos da Prefeitura que visam à requalificação de diferentes áreas do Centro.

O secretário de Cultura do Município (Secultfor), Magela Lima, disse que aguarda a chegada de verba para as reformas de quipamentos ligados ao órgão, como a Casa do Barão de Camocim, o teatro São José e a Casa da Fotografia, dentro do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) Cidades Históricas. "O Centro é importante pela possibilidade de encontros e atividades que ele oferece”, afirma.