A partir das 8 horas desta sexta-feira, os cerca de 70 médicos cirurgiões, de várias especialidades, da Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza, deixam de realizar cirurgias eletivas e atendimentos ambulatoriais. Eles reivindicam o pagamento de repasses atrasados de cirurgias referentes aos meses de novembro e janeiro, e o reajuste da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS). A paralisação é por tempo indeterminado. A paralisação integra movimento nacional de protesto.

O cirurgião vascular da Santa Casa e diretor financeiro do Sindicato dos médicos do Ceará (Simec), Tarcísio Dias, destaca que as urgências e emergências vão continuar sendo realizadas, assim como as consultas de tratamentos oncológicos já iniciados.

O diretor clínico da Santa Casa de Misericórdia, Wilson Mourão, declarou que aguarda a a chegada do provedor da Casa, Luiz Marques, que está em viagem internacional, para viabilizar medidas de conciliação com a greve, no Hospital. O provedor chega segunda-feira, dia 15.

O médico Tarcísio Dias diz ainda que, por turno, cada médico atende de 20 a 24 pessoas. Segundo ele, de acordo com a atual tabela do SUS, à qual pleiteiam reajuste, alguns procedimentos cirúrgicos, custam R$ 15. A última atualização, enfatiza o médico, ocorreu há mais de 15 anos, em alguns casos.

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