Dor de cabeça: a hora certa de procurar tratamento

Um dos sintomas mais comuns, a dor de cabeça pode ser um alerta do corpo de que algo está errado. Buscar atendimento especializado é fundamental

07:00 | Jul. 12, 2019

Existem mais de 100 tipos de cefaleia e cabe ao médico neurologista buscar reconhecer a causa do problema de forma eficiente (Foto: seb_ra/GettyImages) (foto: Foto: seb_ra/GettyImages)

Com diferentes causas e centenas de tipos, a cefaleia, ou dor de cabeça, é uma condição habitual na população e que requer cuidados especiais caso tome proporções mais graves.

Para explicar como se configura a dor de cabeça, Lucas Silvestre, coordenador médico da neurologia do Hospital São Camilo compara o surgimento da cefaleia com um alarme. No caso, a dor vem como um alerta do corpo de que algo pode estar errado. Em situações mais graves, como uma meningite, Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou tumor no cérebro, a cefaleia intensa atua como um sintoma que mostra ao paciente que é preciso buscar ajuda.

Lucas Silvestre, coordenador médico da neurologia do Hospital São Camilo (Foto: Divulgação)

"Aproximadamente, 95% da população mundial sofrerá algum dia de episódio de dor de cabeça. É uma estatística bem relevante. As causas dessas dores de cabeça podem ser diversas, sendo na sua maioria condições benignas, porém, às vezes, condições mais sérias podem ser descobertas", comenta.

Um dos contextos pode ser a chamada cefaleia progressiva, na qual a dor piora constantemente, no decorrer de horas ou dias. "Outro cenário é quando se tem dor de cabeça após os 50 anos de idade, se antes nunca teve dor de cabeça. Outra situação em que é preciso procurar hospital é durante um esforço físico ou atividade sexual, por exemplo", ressalta o neurologista.

O neurologista ressalta que é importante procurar atendimento médico, principalmente em situações como: cefaleia progressiva, na qual a dor piora constantemente ao longo dos dias; dor de cabeça que se iniciou após os 50 anos de idade; surgimento da dor durante esforço físico ou atividade sexual; a pior cefaleia da vida; a dor não está passando com os comprimidos.

Por conta dos mais de 100 tipos existentes de cefaleia, cabe ao médico neurologista buscar reconhecer a causa do problema de forma eficiente. “Determinamos os tipos por meio de um diagnóstico clínico, em que o neurologista reconhece o padrão específico da dor, os sintomas associados e, em alguns casos, precisa de exames complementares adicionais, como tomografia computadorizada ou ressonância magnética."

Atenção aos cuidados

O tratamento da cefaleia será realizado de acordo com a necessidade de cada paciente. "No hospital, orientamos o diagnóstico, os cuidados e tratamos a crise. Porém, o tratamento continua na casa do paciente, ou seja, o acompanhamento médico é essencial." Lucas Silvestre reforça a importância de se evitar a automedicação, pois pode acarretar prejuízos para a saúde do paciente.

Acerca do número de atendimentos, o médico relata que as ocorrências de crises de enxaqueca correspondem a cerca de metade dos casos no pronto atendimento neurológico do hospital São Camilo. O corpo clínico dá cobertura 24h ao hospital e é composto por 12 neurologistas, seis neurocirurgiões e sete médicos neurointervencionistas.

Pronto Atendimento Neurológico São Camilo

Quando: presencial, de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h.

Sobreaviso após as 20h e nos fins de semana.

Contato: (85) 3464 7000