Aprenda estratégias financeiras para um MEI

Gerir as finanças de um microempreendimento requer tanta atenção e planejamento quanto qualquer outro negócio. Confira as principais dicas para ter tudo sob controle

15:31 | Dez. 06, 2018

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Não é porque o empreendimento é micro e individual que você poderá deixar de lado planejamentos, estratégias, planilhas e mais planilhas. Como qualquer outra empresa, o microempreendedor individual (MEI) precisa ter o total controle do fluxo de caixa para fugir dos endividamentos e viabilizar investimentos e o crescimento dos negócios. 

 

De acordo com a administradora de empresas Mônica Arruda*, o que muda para o MEI em relação à gestão financeira é apenas a complexidade das ações. “O porte é menor, mas precisa ter os mesmos cuidados com as movimentações de caixa, se for ter conta bancária, verificar com frequência o extrato, entre outros”, explica.

 

Pesquise e planeje-se 

A regra é a mesma para todo empresário que deseja ter sucesso em qualquer ramo de negócio: antes de mesmo de se formalizar, estude o mercado e faça uma avaliação detalhada do seu público-alvo.

 

Examine também os concorrentes que já estão no mercado oferecendo produtos e serviços semelhantes aos seus e o que eles estão deixando de ofertar ao cliente. Será com as falhas dos concorrentes que conseguirá inovar e se diferenciar. 

 

Com esses dados em mãos, você terá mais certeza de onde deverá investir e qual será o capital de giro necessário para fazer o negócio funcionar bem. Nessa fase, é preciso também fazer uma autoavaliação sobre o seu nível de conhecimento acerca de gestão financeira. Buscar aprendizado e o apoio de instituições especializadas dará mais segurança na gestão dos seus negócios. 

 

Cada passo dado na empresa deverá ser registrado em planilhas. O fluxo de caixa (anotação de todas as receitas e despesas) deve ser iniciado de imediato e o acompanhamento dele precisa ser uma rotina de trabalho, com atualização, de preferência, diária.

 

Preciso de uma conta bancária?

O MEI não é obrigado a ter uma conta corrente jurídica, porém, é recomendado.  De acordo com o economista Kyssier Oliveira*, um dos erros mais comuns na gestão de empresas é a mistura das finanças pessoais com as do empreendimento.

 

Com os valores misturados, são grandes as chances de você tirar dinheiro da sua conta pessoal para pagar um fornecedor, por exemplo. Quando isso acontece, há grandes riscos de descontrole financeiro, pois o fluxo de caixa não vai corresponder à realidade da empresa.

 

Segundo o economista, os riscos são ainda maiores para negócios de pequeno porte. “As empresas pequenas têm uma margem de erro muito menor que as grandes. Qualquer erro financeiro pode levar a uma situação mais crítica.”

 

Defina um salário mensal 

Ser empreendedor individual tem a grande vantagem de não precisar dividir o lucro da empresa com um sócio, mas isso não quer dizer que você pode sair gastando todo o rendimento. Defina um valor fixo que você poderá retirar por mês, como se fosse o seu salário. Isso vai permitir que você faça um planejamento financeiro e construa uma reserva para futuros investimentos.

 

Apareça e cresça!

Quem não é visto, não é lembrado, muito menos procurado. É fundamental incluir no seu plano de negócios boas estratégias de marketing. Na medida das suas possibilidades financeiras, destine uma parte da verba para fazer o seu negócio aparecer e alcançar o maior número de pessoas possível. 

 

As redes sociais são boas ferramentas de divulgação de pequenos e grandes negócios. Dedique uma parte do seu tempo para isso ou contrate alguém para administrá-las. Quando as ações são bem feitas, o retorno é muito positivo.

 

(%2b)Clique aqui para aprender mais sobre MEI

 

*Mônica Arruda é analista técnica do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Ceará (Sebrae/CE) e Kyssier Oliveira é consultor do Sebrae/CE.