Saiba a importância de fazer um fluxo de caixa

Ter o controle de tudo o que sai e entra da empresa é a melhor forma de manter a saúde financeira do seu negócio. Esse acompanhamento é feito através do fluxo de caixa. Saiba a importância de fazer um

14:48 | Nov. 12, 2018

NULL (foto: )
[FOTO1]
O fluxo de caixa é uma das mais básicas ferramentas de gestão de uma empresa. É através dele que o empresário acompanha todas as movimentações financeiras do negócio. Ele tem a função de controlar, no dia a dia, tudo o que entra e sai dos cofres: recebimentos, pagamentos e a composição de saldo. 
 
De acordo com o economista Kyssier Oliveira*, a ferramenta não é suficiente para ler o resultado completo da empresa, mas é imprescindível para a gestão das finanças e auxilia na tomada de decisões. 
 
Segundo o especialista, controlando o fluxo, o empresário, automaticamente, passa a ver a empresa de uma maneira mais equilibrada e mais estratégica.  “Isso, consequentemente, vai levar à tomada de decisão mais segura porque ele estará vendo números e vai minimizar as chances de tomar uma decisão incorreta”, explica.
 
Como fazer um fluxo de caixa
O fluxo de caixa pode ser feito através de planilhas em programas digitais, como o Excel, ou até mesmo nos livros de anotações da empresa. O importante é atualizar os registros diariamente quando for realizar o encerramento da empresa. “Todos os dias tem que verificar: com quanto comecei o dia, quanto saiu, com quanto terminei”, lembra Kyssier Oliveira.
 
Nas anotações devem entrar todos os valores entraram ou saíram dos caixas, inclusive aqueles que pareçam irrisórios. “Tudo o que for de entrada e saída, deve ir. Mesmo centavos. O fluxo tem que refletir, na prática e fielmente, o que está acontecendo com o dinheiro da empresa. A única forma é se todos os movimentos forem lançados”, pontua o economista.
 
Dinheiro de CNPJ e CPF não se misturam 
Um dos erros mais comuns na gestão de empresas, principalmente as familiares e de pequeno porte, é a mistura das finanças pessoais com as do empreendimento. Quando isso acontece, há grandes riscos de descontrole financeiro, pois o fluxo de caixa não vai corresponder à realidade da empresa. “É uma coisa que no começo vai parecer bem complicada de fazer por uma questão cultural, mas é imprescindível para iniciar uma gestão financeira”, 
 
Segundo Kyssier Oliveira, a regra da separação vale para empresas de todos os tamanhos. Ele alerta, no entanto, que os riscos são ainda maiores para negócios de pequeno porte. “As empresas pequenas têm uma margem de erro muito menor que as grandes. Qualquer erro financeiro pode levar a uma situação mais crítica”.
 
Organize-se: fluxo de caixa projetado 
Além de controlar as movimentações diárias e o saldo da empresa, o fluxo de caixa serve também fazer projeções e auxiliar na tomada de decisões preventivas. “Primeiro você prevê e, quando realiza, você compara o que estava previsto e o que realizou. Se a diferença for muito gritante, a previsão foi incorreta. Geralmente a margem de erro aceitável varia de 5 a 10% para cima ou para baixo”, orienta o economista.
 
Conforme Oliveira, uma das grandes influências do fluxo de caixa será na decisão de compras. “Quando você compra de fornecedores, tem que estar de olho na capacidade de pagamento da empresa, no prazo de pagamento. Pela composição do que tem a receber, você consegue equilibrar quando e quanto pagar do valor que está comprando. Pelo fluxo de caixa projetado, você consegue montar um equilíbrio financeiro”, ressalta.
 
*Kyssier Oliveira é consultor do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Ceará (Sebrae/CE)