Reduza os riscos: como o MVP pode beneficiar um primeiro negócio?

A aceitação do cliente é o melhor caminho para saber se a sua ideia ou produto vai emplacar no mercado. Para isso, se pode criar um Produto Mínimo Viável

15:51 | Nov. 29, 2018

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Toda grande ideia surge a partir de um problema. Apresentar soluções inovadoras, eficientes e, se possível, a um custo acessível, é o caminho para conquistar os clientes. Mas como saber se a sua ideia é realmente boa e vai resolver o problema do seu público? A resposta está no MVP!
 
Do inglês Minimum Viable Product (Produto Mínimo Viável), o MVP é uma versão mais simples do produto final que você pretende lançar. É importante, no entanto, não confundir com um produto mal-acabado. Ele deve apresentar o mínimo de recursos possíveis (uma espécie de protótipo), mas garantindo que sua funcionalidade resolva o problema para o qual foi criado.
 
Para o que serve um MVP?
O MVP serve para que o empreendedor tenha certeza se vale a pena investir no produto/ideia, se ele vai realmente resolver o problema do cliente e, só então, expandi-lo para o mercado. 
 
De acordo com a administradora e gestora de projetos de startup, Marília Diniz*, o grande objetivo MVP é testar se o produto vai ter aceitação junto ao cliente e em quê ele precisa ser melhorado para atender mais e melhor a esse público. “É uma constante evolução. O empreendedor vai estar sempre observando qual é o retorno do cliente em relação a esse produto e vai fazer a alteração de acordo com a necessidade”, explica a administradora.
Segundo ela, não há uma regra sobre a duração da fase de testes. A recomendação é que sejam criadas métricas de sucesso para o produto. Uma vez atingidas, é sinal de que o produto está sendo bem aceito e já pode se pensar em formular a sua versão final. 
 
Passo a passo
Já com a ideia na cabeça, o primeiro passo para o desenvolvimento de um MVP é o estudo da situação para o qual você pretende dar uma solução. “O objetivo é que, desde o início, ele resolva o problema do cliente. Por isso eu digo que o problema é que tem que ser estudado. A solução para resolver esse problema virá de uma maneira mais limpa, mais clara”, ressalta a gestora.
 
Segundo ela, é importante também saber como as pessoas estão resolvendo esse problema hoje para se possa criar uma solução melhor ainda. Com a clareza das necessidades do cliente, parte-se para a criação do MVP e dá-se início aos testes. “Você cria o MVP e vai melhorando até virar o produto final, que nunca estará acabado, sempre tem melhoria a ser feita”, pontua administradora.
 
Conforme Marília Diniz, o ideal é que seja criado um MVP até para os produtos e serviços mais tradicionais. “Você tem que oferecer o mínimo de experiência para o cliente, pegar feedback, ver se a ideia é essa mesmo, se tem algo a melhorar. Na nossa cabeça, tudo pode ser feito MVP. Quanto mais teste, melhor porque você vai gastar bem menos do que gastaria para montar um negócio definitivo, com estrutura”, lembra.
 
*Marília Diniz é gestora de projetos de startup do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Ceará (Sebrae/CE).