Startup, a queridinha dos novos empreendimentos

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Sabe o que a Netflix, a Uber e o Spotify têm em comum, além do fato de serem grandes empresas e você gastar uma grana com elas todo mês?

 

Essas empresas começaram como startups - surgiram a partir de ideias de pessoas que se dispuseram a trabalhar em condições de total incerteza para alcançar um modelo de negócios repetível e escalável, ou seja, um negócio que pode ser reproduzido repetidamente, em grande quantidade e com ganho de produtividade. 

 

Justamente por se alimentarem de tanta ousadia e criatividade, muitos desses projetos acabam não vingando. Segundo dados da Associação Brasileira de Startups (ABStartups), apenas uma em cada quatro startups sobrevive aos cinco primeiros anos de atividade.

 

Nesse cenário oscilante e ao mesmo tempo desafiador, o meio digital acaba sendo um bom laboratório para experimentar, já que os custos para criar e manter um negócio online são bem menores. Por isso que a esmagadora maioria das startups é nascida e criada no ambiente virtual. “As pessoas ainda não têm a noção do que sejam as startups, mas é preciso apontar que elas são um negócio como qualquer outro - inclusive enfrentam algumas burocracias para se estabelecerem. A diferença essencial delas é o modelo de pensamento, muito mais ágil, predisposto à tecnologia e à inovação”, esclarece Marília Diniz*, administradora de empresas.

 

Os serviços que podem ser oferecidos pelas startups vão de aplicativos para conectar clientes e prestadores de mão de obra até a serviços de robótica para automatização de cadeiras de rodas. Os exemplos mencionados foram modelos de negócios elaborados por startups de Fortaleza e de Quixadá, município do Interior cearense que vem se destacando como um corredor tecnológico no Estado. “Sobral é um município que está bem forte no desenvolvimento de startups, assim como Juazeiro do Norte. Elas são cidades com instituições universitárias, e o universitário ainda é o maior empreendedor em startups”, destaca.

 

Segundo a ABStartups, os setores que mais se destacam no setor de startups são educação (edutechs), agronegócio (agtechs), finanças (fintechs), internet, propaganda, comunicação, comércio eletrônico e saúde e bem-estar. Também há um número expressivo de startups nos setores de logística e mobilidade urbana, entretenimento, eventos e turismo. Vale lembrar que a partir do momento em que o modelo de negócio se torna escalável e sustentável, a empresa deixa de ser uma startup e passa a ser uma empresa altamente lucrativa.

 

“As startups possuem uma metodologia de decisão de processos baseada em entusiasmo, inovação e tecnologia. É um dos ensinamentos que mesmo as empresas tradicionais deveriam aprender com elas”, ressalta Marília. 

 

 

*Analista técnica do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Ceará (Sebrae/CE)