Level 1: descubra iniciativas de jovens empreendedores

Conhecer as histórias de outros viajantes pode ser um motivador a mais para quem acabou de decidir ser um empreendedor das galáxias. Aperte os cintos e boa viagem!

15:58 | Set. 24, 2018

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Até o ano passado, Diego Martins cursava Engenharia Elétrica na Universidade Federal do Ceará (UFC) em Sobral e fazia pesquisa na área de monitoramento remoto. Um dia, ao participar de uma edição da Maratona Empreendedora do Sebrae, teve a ideia de também criar um projeto. Com uma bisavó de 90 anos e que mora só, Diego ficava apreensivo com os momentos em que a idosa estava desacompanhada. “Me dava muito medo dela passar por alguma emergência e não ter ninguém para dar assistência”, lembra o jovem de 22 anos.
 
Diego juntou alguns colegas e unidos desenvolveram a Smart Health, startup de tecnologia na área de saúde que desenvolveu um dispositivo homônimo para auxiliar no cuidado de pessoas idosas. Já no ano seguinte, a equipe participou da mesma maratona e ganhou como a melhor ideia do Ceará. 
 
O Smarthealth é um tipo de relógio com funções de monitoramento de sinais biomédicos, como frequência cardíaca, pressão e temperatura, qualidade do sono e sensor de movimentos com capacidade de detecção de quedas. O dispositivo também possui alarme de emergência para que a pessoa que faz o acompanhamento à distância possa chamar os serviços médicos, caso necessário. “O aplicativo no celular da pessoa que monitora mostra os dados já limpos, ou seja, já interpreta se há uma febre, por exemplo”, destaca. 
 
Diego se diz feliz por estar fazendo algo de bom para as pessoas e aliviado por poder ajudar a bisavó, mesmo que a distância: “Se ela precisar de mim, ainda que longe, estarei com ela de alguma forma”, diz. 
 
O empreendedor nerd
Fabrício Damasceno tem 19 anos e se diz viciado em histórias em quadrinhos. Como as condições financeiras da família não permitiam que ele tivesse dinheiro para gastar com nada além do lanche na escola, o jovem decidiu buscar alternativas. “Comecei fazendo brigadeiros para vender com a minha irmã no intervalo das aulas, mas decidimos que trabalhar com comida não daria certo porque a gente comia tudo antes mesmo de vender”, brinca. 
 
Depois da experiência fracassada, a dupla resolveu investir na venda e troca de pequenos bonecos colecionáveis de personagens das séries, cinema e quadrinhos. Os adolescentes começaram a angariar clientes em feiras geeks em eventos relacionados ao universo nerd, estabelecendo contatos com revendedores locais e até de outros países.
 
Fabrício não sabe se vai continuar com o comércio, apesar de gostar muito do contato com os clientes e querer se especializar na área. “O mais difícil é lidar mesmo com as contas. E ainda tem o fato de que agora os nossos pais nos pedem dinheiro emprestado”, acrescenta.