A melhor forma de optar pelo empreendedorismo quando se é jovem

Está sendo difícil arrumar um emprego em tudo que é parte da galáxia? Veja como usar a juventude a seu favor e crie o próprio negócio

13:21 | Set. 27, 2018

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A juventude para os terráqueos é uma fase de experimentações, energia quase ilimitada e ousadia. No entanto, nem sempre o Universo conspira a favor desses jovens: de acordo com dados sobre o mercado de trabalho divulgados em agosto pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para os trabalhadores entre 18 e 24 anos a taxa de desemprego é mais que o dobro da taxa da população em geral. Como encontrar um lugar ao sol diante desse mercado tão restrito? 
 
O primeiro passo é identificar em si algumas características essenciais para quem deseja ser o dono do próprio negócio. Ser observador para descobrir a necessidade das pessoas ao redor; apaixonado para tocar uma ideia adiante; dinâmico e que acompanha as mudanças para se adaptar; ter perfil de liderança e qualificação profissional, para buscar formação acadêmica e conhecimento específico. 
 
“Estas são algumas das chamadas ‘atitudes empreendedoras’, ou seja, comportamentos que podem ser facilmente identificados e que são importantes para aquele jovem que quer empreender”, aponta Priscila Costa*, especialista em sociologia do trabalho e direito tributário. 
 
“No contato com crianças de nível fundamental, esse é o primeiro passo para falar de empreendedorismo, pois eles ainda são muito pequenos para entender o mundo dos negócios”, complementa. Para adolescentes e jovens dos níveis médio e superior, os assuntos abordados já os inserem em questões sobre como abrir empresas e inseri-las no mercado, aproveitando o espírito de inovação típico da idade.
 
Margem para a ousadia
Para a nutricionista Márcia Macedo, 22, os primeiros contatos sobre empreendedorismo vieram somente na universidade, quando cursou uma disciplina optativa sobre como montar um negócio. “Depois disso, fiquei atenta a tudo que era evento e palestra relacionada ao assunto”, destaca.
 
Segundo Márcia, uma facilidade para empreender quando ainda se é jovem é a margem mais ampla para o amortecimento dos erros. “Como eu ainda moro com meus pais, tenho mais condições de me dedicar exclusivamente ao trabalho e ao estudo, sem me preocupar com os boletos, se o negócio for por água abaixo e nada der certo”, brinca. 
 
A jovem, que está iniciando um serviço de alimentação para pessoas com restrição na dieta, destaca que o principal deve ser sempre fazer o que se gosta. “E nunca deixar de sonhar, pois aí não vai ter tem que te convença que um dia algum sonho seu não vai dar certo. É preciso um toque de teimosia também”, acredita.
 
 
*Coordenadora do Programa de Educação Empreendedora no Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Ceará (Sebrae/CE)