Implante capilar diminui efeitos da calvície

Cada vez mais procurada por aqueles que sofrem com a calvície, o implante capilar traz resultado muito satisfatório para os pacientes

07:00 | Fev. 22, 2017

O procedimento consiste no implante de folículos capilares (Foto: Shutterstock/goodluz) (foto: )

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Uma das principais queixas estéticas entre homens, mas que também pode ocorrer em mulheres, a calvície motiva um grande número de pacientes a procurar o procedimento de implante capilar. A cirurgia consiste na colocação de micro e mini enxertos de folículos pilosos retirados de uma área doadora em uma receptora, ou seja, de uma área que tem cabelo em uma que não tem. E os resultados são bastante satisfatórios.

“A maior indicação do implante capilar é para pacientes com a chamada calvície androgenética, a calvície masculina associada à parte genética”, explica Harley Cavalcante, cirurgião plástico, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e membro da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica. O cirurgião explica que em todos os pacientes, com destaque para os com mais idade, é imprescindível avaliar o estado de saúde geral, bem como o emocional, não havendo um limite de idade superior ou inferior para se submeter ao procedimento.

Pacientes mais jovens, entretanto, que estão começando a desenvolver calvície são aconselhados pelo médico a buscar, antes, um tratamento clínico preventivo com um dermatologista. “A cirurgia eu indico para pacientes com uma calvície grau 3 para cima. Quando pacientes mais jovens e com graus menores de calvície desejam o implante, mostro a relação custo-benefício para eles."

Implante

Conforme Cavalcante aponta, existem duas técnicas de transplante capilar. Mais clássica, a FUT (Follicular Unit Transplantation - transplante de unidade folicular, em tradução livre) consiste na retirada de uma pequena faixa do couro cabeludo, da qual são retirados os folículos pilosos individualmente, para serem implantados nas áreas com calvície. A região de origem dos folículos é suturada e, com o tempo, o cabelo cresce, cobrindo a cicatriz.

Na outra técnica, o FUE (Folicular Unit Extraction) - extração de unidade folicular), não há a retirada de faixas. Os folículos pilosos são retirados individualmente do couro cabeludo. Para as duas técnicas, o médico destaca que, em geral, os folículos retirados da parte posterior da cabeça dão origem a cabelos mais resistentes à queda. Para grandes calvícies pode ainda ser realizada a técnica mista utilizando FUT e FUE no mesmo procedimento cirúrgico.

Pós-operatório

Como toda cirurgia, há um determinado desconforto nos primeiros dias, mas o implante capilar não é uma cirurgia caracterizada pela dor.  “O paciente mantendo repouso, o conforto da área, o pós-operatório é plenamente ultrapassável sem maiores problemas”, afirma Harley Cavalcante. Evitar banho de chuveiro nos primeiros dias está entre as indicações do médico. “Na primeira semana, eu recomendo o paciente não sair de casa. Depois disso, ele pode colocar um boné, um chapéu de aba larga e sair, para dar uma proteção extra também contra a radiação do sol.”

É importante destacar que o resultado final do procedimento só poderá ser visto após alguns meses. Para evitar a preocupação do paciente também, o cirurgião destaca: inicialmente o cabelo vai cair. “Fazemos o implante, o paciente fica muito satisfeito e, mais ou menos, três ou quatro semanas depois, o cabelo começa a cair. É como se fosse a muda de uma árvore, as folhas caem, mas a raiz está lá, e é a partir dessa raiz que vai nascer o cabelo definitivo”, explica Cavalcante. Em geral, com cerca de seis meses, é possível ter um resultado bem perceptível.

Após a cirurgia, é fundamental também que o paciente siga com um acompanhamento, inclusive com o uso de medicações específicas que melhorando a circulação nos vasos, atuando na vascularização da área. “Existem outras medicações e terapias, como uso da luz polarizada. São terapias que vão ajudar na manutenção desse resultado a médio e longo prazo.”