Como a cultura maker pode auxiliar na construção do conhecimento em sala de aula?

Com a metodologia "Faça Você Mesmo", os alunos são capazes de desenvolver novas competências e aprender de forma muito mais divertida!

07:00 | Nov. 05, 2020

Colégio Antares é pioneiro no Ceará na utilização da cultura maker junto aos seus alunos (Foto: João Filho) (foto: João Filho)

Construir ou consertar é uma forma de aprender. A cultura maker, baseada no "Do It Yourself" (“Faça Você Mesmo”), auxilia no ensino de várias disciplinas porque estimula a criatividade das crianças e adolescentes.

"Matemática, física, química, português, geografia, história, quanto maior o leque que o professor relacionar, maior a extensão de aprendizado desse aluno", exemplifica o professor Marcondes Saraiva, diretor de Ensino e Aprendizagem do Antares. Ainda segundo o professor, a existência de um laboratório maker em todas as unidades do colégio Antares proporciona aos alunos assumir um papel de protagonista do aprendizado, com novas ideias e criações.

Os alunos aprendem a pôr em prática o conteúdo da sala de aula, conforme a idade. Com isso, os conteúdos curriculares ficam mais interessantes e instigantes aos olhos dos alunos. Tudo isso faz com que o aluno do Colégio Antares crie, experimente e compartilhe soluções, com a utilização de ferramentas digitais e tecnológicas, com o uso da programação e da robótica ou mesmo com recursos mais tradicionais, como a marcenaria.

"Ensinamos às crianças que tudo que é feito no mundo, elas também podem fazer. Elas estão desacostumadas, nos dias de hoje, a criança geralmente não tem ideia de como fazer um bolo, um carrinho de rolimã, como acontecia na década de 1980, pois atualmente estão acostumadas a chegar na loja e comprar", explica a supervisora pedagógica do Ensino Fundamental I do Colégio Antares, Doris Benjamin.

Todos os processos na sala maker - que também é acessada de forma livre pelos estudantes dos ensinos infantil e médio - são supervisionados por professores. Isso garante a segurança das crianças e adolescentes. "Temos o cuidado de abrir todas as atividades a todos os alunos, mesmo atividades com serra ou solda têm profissionais responsáveis", frisa Doris.

E não há qualquer tipo de restrição. Quem tem dificuldade, mobilidade reduzida, por exemplo, além dos professores, conta com o apoio dos colegas. Esse é o segredo da cultura maker: compartilhar conhecimento e desenvolver a colaboração. "O movimento maker é um movimento sem volta. Em pouco tempo, vamos ser a escola maker, porque as crianças e adolescentes estão exigindo isso. Sabemos que têm muitas instituições mundo afora que já trabalham isso como pré-requisito, sendo a sala de aula um espaço de discussão, construção e reflexão", completa Doris.

7 benefícios da cultura maker nas salas de aula:

1. Estimula a criatividade;
2. Fomenta o trabalho em equipe;
3. Fixa os conceitos teóricos;
4. Desenvolve o poder de abstração;
5. Capacita para a vida prática;
6. Cria empatia;
7. Diverte os alunos.