Lucrar com o sol: CONEMSOL 2025 traz o guia prático para transformar energia em receita recorrente
O Congresso de Empreendedorismo Solar, chega à 6ª edição como ponto de convergência entre quem consome e quem aposta no sol como fonte de crescimento
14:11 | Out. 16, 2025
Num mercado em que os custos de equipamentos caíram em patamar histórico, índice da Agência Internacional de Energia - IEA, mostra preços de tecnologias limpas 60% menores que há 10 anos. Com painéis solares mais baratos desde 2022, a conta de investir em geração fotovoltaica ficou mais simples de fechar. Com isso, o Brasil cruzou a marca de 55–60 GW de capacidade solar em 2025, com a maior parte puxada pela geração distribuída (MMGD), e segue entre os líderes globais em novas adições de capacidade.
Apesar do panorama favorável, é preciso apontar que o Brasil vive uma crise energética, que gera custos elevados na conta do consumidor. Para explanar o assunto, o CONEMSOL - Congresso de Empreendedorismo Solar, chega à 6ª edição como ponto de convergência entre quem consome e quem aposta no sol como fonte de crescimento. E comprova que para o investidor, isso significa fluxo de caixa previsível e tese lastreada por expansão real.
Em 2024 o país instalou 15 GW e deve adicionar 19,2 GW em 2025, com a MMGD respondendo pela maior fatia. O pano de fundo financeiro também ajuda, com a ampliação de linhas como o FNE Sol, com mais crédito para projetos fotovoltaicos na região nordeste, fortalecendo a viabilidade econômica de usinas e sistemas solares.
Fortaleza não é cenário ao acaso. O Ceará se consolidou como hub de conexão de negócios e talentos, e o CONEMSOL organizou o conhecimento para quem quer entrar bem (ou escalar) nesse mercado, do investidor pessoa física ao corporate que busca previsibilidade de retorno. A programação híbrida facilitou o acesso. Foram manhãs online e tardes presenciais na Faculdade INBEC, com densa programação realizada entre os dias 18 e 19 de setembro.
Para tirar do papel a tese de “renda recorrente com sol”, o Congresso apresentou conteúdo aplicável, com modelos de negócio, financiamento, gestão e segurança jurídica, além de cases reais e networking entre investidores e empreendedores. Em linguagem direta, como diz Pedro Vasconcelos, CEO do Instituto Solar, trata-se de “transformar luz em lucro”. Com patrocínio do Banco do Nordeste e do Governo Federal, o evento reforça o protagonismo do Nordeste na transição energética e no pipeline de investimentos em energia solar.
"Estamos em um país onde é muito desafiador a produção e custos com energia elétrica, e esse evento vem pra dar informação de qualidade para consumidores, mas principalmente para investidores, que são aquelas pessoas corajosas que acreditam que produzir energia limpa através de fontes renováveis como a energia solar, é positivo para nossa sociedade, e também rentável para o bolso do investidor", afirmou em entrevista, Pedro Vasconcelos, founder do Instituto Solar.
Na trilha de financiamento, a engrenagem por trás da escalabilidade inclui aceleradoras regionais. A Casa Azul Ventures, que já acelerou 82 startups no Nordeste, atua como ponte entre inovação e capital, reduzindo assimetria de informação e time-to-capital para soluções de energia e sustentabilidade. Na prática, isso significa dealflow qualificado, governança e métricas que deixam o investimento menos artesanal e mais institucional.
“A Casa Azul Ventures tem direcionado um olhar cada vez mais atento para ativos ligados à transição energética, à geração de energias renováveis e ao carbono neutro. Vemos nesse movimento uma excelente oportunidade de apoiar iniciativas que fortalecem o setor e nos aproximam de soluções e tecnologias verdes capazes de melhorar a qualidade de vida das pessoas, e, mais do que isso, transformar o planeta em um lugar melhor”, afirmou Rafael Silveira, COO da Casa Azul VC.
Se você quer entrar no setor da energia limpa ou escalar na tese, acompanhe os conteúdos pós-evento do CONEMSOL e monitore os editais e rodadas de aceleradoras com atuação na região Nordeste.
Por Cíntia Souza