Qual a importância de seguir a receita médica no tratamento da Covid-19?

Ao sentir os primeiros sintomas, o paciente deve buscar orientação médica e segui-la de forma correta. Isso pode fazer a diferença no sucesso do tratamento

07:00 | Ago. 14, 2020

Com o avanço das teleconsultas, os pacientes podem ser melhor acompanhados (Foto: Freepik) (foto: Freepik)

O sucesso do tratamento de pacientes que contraíram Covid-19 passa essencialmente pelo cumprimento de protocolos médicos. Além dos cuidados preventivos, como lavar as mãos, usar máscara sempre que precisar sair de casa e, se possível, priorizar o isolamento social. O que toda a população precisa considerar é que o uso das medicações está condicionado à avaliação médica, com realização de anamnese, exame físico e exames complementares.

“Aprendemos bastante coisa sobre a pandemia que está castigando a humanidade desde dezembro de 2019. Hoje, a gente já sabe que ao identificar os primeiros sintomas respiratórios devemos procurar um médico que vai orientar sobre o que deve ser feito em termos de tratamento e de exame”, explica a médica infectologista Silvia Fonseca, do Sistema Hapvida.

Com o avanço das teleconsultas, os pacientes podem ser melhor acompanhados, logo que manifestarem febre, espirro, dor de garganta."O que é importante para o doente [em recuperação] é que ele fique em casa, faça a telemedicina. Se tiver muita diarreia, vômito, tontura, dor de cabeça insuportável, aí deve buscar o atendimento presencial, com todos os cuidados", acrescenta a infectologista.

Sucesso de tratamento

O Frei Jonaldo Adelino, 70, é um exemplo de tratamento de Covid-19 bem-sucedido. O segredo, ele conta, foi justamente seguir as recomendações médicas e dispor de um tratamento humanizado na UTI do Hospital Antonio Prudente. Hipertenso e com diabetes, Jonaldo começou a sentir febre, depois, veio a perda de olfato e de paladar.

Com a piora do estado de saúde, o frei, que mora em Canindé, foi encaminhado ao hospital particular Antonio Prudente, na Capital. "Tenho o plano do Hapvida desde 2018, fiz ainda em Aracaju (SE). Apesar de estar em uma UTI, gostei tanto que o pessoal brincava: 'Tá gostando, heim'. Enfermeiros muito bons, médicos muito bons, eu descobri nesta pandemia que não foi por acaso que Deus deu inteligência ao ser humano, foi para cuidar dos doentes."

Recuperado, após 15 dias na UTI, o frei continua a seguir os protocolos de saúde. "Não saio pra canto nenhum, participo da eucaristia pela televisão", reforça. Evitar ao máximo as saídas desnecessárias, explica a médica infectologista Silvia Fonseca, é importante para proteger as pessoas frágeis como o Frei Jonaldo. "Temos que pensar no outro, a pessoa pode ter uma versão leve, mas o vizinho pode estar em tratamento de câncer, e aquele encontro no elevador pode significar que o outro não vai resistir. Vejo tanto doente, famílias inteiras afetadas, é devastadora essa doença, temos que ter compromisso com o outro", diz ela.

"A vida é um dom de Deus, agora saio disso mais consciente de que somos irmãos. Cuide da sua vida e da vida do outro, seja amigo ou inimigo. Você não leva dinheiro daqui, por isso aproveite o tempo com coisas boas, caridade, tempo de lazer, na sua missão como pai, mãe e jovem", completa o Frei Jonaldo.