Bessent vê economia dos EUA se recuperando e 'prosperidade' e forte queda da inflação em 2026

10:17 | Dez. 08, 2025

Por: Agência Estado

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, disse que a temporada de compras de fim de ano tem sido "muito forte", contrariando previsões mais pessimistas do presidente dos EUA, Donald Trump, feitas em abril sobre possível queda no número de itens comprados e aumentos expressivos de preços. Embora reconheça avanços de custos em segmentos como brinquedos, Bessent afirmou que a inflação de bens importados segue abaixo da média geral e que a pressão vem sobretudo do setor de serviços.

Bessent também afirmou que, apesar do impacto do shutdown, a economia deve encerrar o ano com crescimento real de 3% e que a queda dos juros, aliada ao acordo agrícola, reforça a expectativa de um cenário de "prosperidade" em 2026.

Em entrevista à CBS News no domingo, 7, o secretário rebateu pesquisas da própria emissora que mostram baixa aprovação do presidente na área econômica e disse que a percepção negativa é influenciada pela cobertura da imprensa.

Segundo ele, a "crise de acessibilidade" atual deriva da inflação acumulada durante o governo Biden, que teria começado a recuar este ano. Bessent destacou que rendas reais estão subindo cerca de 1% e previu que a inflação "vai ceder fortemente no próximo ano".

Sobre alimentos, reconheceu que preços como o da carne bovina ainda pressionam consumidores, mas defendeu a investigação recém-lançada pelo governo sobre possível abuso de preços. Bessent citou quedas recentes em outros itens, como o peru de Ação de Graças, e afirmou que a iniciativa não repete a estratégia do governo anterior, que, segundo ele, "não funcionou".

No campo agrícola, Bessent disse que os agricultores foram usados como "peões" nas negociações com a China, o que justificaria pagamentos emergenciais anunciados pelo Departamento de Agricultura. Reforçou, porém, que o novo acordo comercial com Pequim - que prevê compras de soja, sorgo e madeira - traz a "certeza" necessária ao setor, citando alta recente das cotações e projeções de melhora para o próximo ciclo.