Inflação de Fortaleza cai em agosto, puxada por habitação e alimentação

Dentre os itens de cada grupo que influenciaram na deflação, destacaram-se energia elétrica residencial, manga, cebola e tomate

11:27 | Set. 10, 2025

Por: Beatriz Cavalcante
Manga foi um dos produtos que ajudou na deflação (foto: Samuel Setubal)

Puxada sobretudo pelos grupos de habitação e alimentação e bebidas, a inflação oficial de Fortaleza e Região Metropolitana caiu 0,07% em agosto, conforme o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e estatística.

A retração no País foi maior, de 0,11%, com pesos vindos de habitação (-0,90%), alimentação e bebidas (-0,46%) e transportes (-0,27%).

Já os gastos elevados foram observados em educação (0,75%) e despesas pessoais (0,40% ).

Das 17 regiões divulgadas nesta quarta-feira, 10 de setembro, 14 apresentaram deflação em agosto. As únicas altas foram vistas em Vitória (0,23%), Brasília (0,11%) e São Paulo (0,10%).

E as baixas mais significativas ficaram com Porto Alegre (-0,40%), Goiânia (-0,40%), Rio de Janeiro (-0,34%), São Luís (-0,28%), Belo Horizonte (-0,26%), Aracaju (-0,26%) e Recife (-0,24%).

Na RMF, o acumulado do ano (janeiro a agosto ante igual período do ano anterior) registrou inflação de 3,09%, abaixo da média nacional, de 3,15%.

Apenas na passagem de julho para agosto, a queda no grupo habitação foi influenciada pela variação negativa da energia elétrica residencial (-3,53%).

Já no grupo de alimentação e bebidas, os subitens manga (-21,47%), cebola (-19,7%) e tomate (-15,85%) foram os que determinaram as baixas. 

O terceiro grupo com maior baixa foi o de comunicação, influenciado pelo segmento telefônico, que apresentou a maior variação negativa, de -0,59%.

No grupo de transportes, apesar de o resultado global ainda ser positivo, em 0,18%, destacam-se as quedas no transporte público, de -1,15%, nas passagens aéreas, de 7,53%, na gasolina, de -0,57%, e no diesel, de -0,71%.

Entenda o que é o IPCA

O IPCA abrange as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, enquanto o INPC, as famílias com rendimentos de 1 a 5 salários mínimos.

São avaliadas as regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.

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