Streaming: 49% dos usuários ainda compartilha senha, diz estudo
Percentual caiu desde o ano passado, quando mais plataformas tentaram inibir a prática pelos clientes
21:08 | Ago. 19, 2025
O consumo por assinatura já ocupa espaço relevante no bolso do brasileiro e deve crescer nos próximos anos. Quase metade dos consumidores (48%) afirma que pretende gastar mais com esse tipo de serviço até 2030, de acordo com a Pesquisa de Assinaturas 2025, realizada pela Vindi em parceria com o Opinion Box.
Atualmente, 56% dos entrevistados gastam entre R$ 51 e R$ 200 mensais com assinaturas. Só no último ano, 35% aumentaram esse tipo de despesa.
O movimento, no entanto, não elimina contradições: 49% já cancelaram serviços por insatisfação e 39% reconhecem não usar com frequência aquilo que assinam.
Entretenimento ainda lidera, mas cresce presença de serviços essenciais
As plataformas de streaming seguem na frente — 73% no caso de vídeo e 45% no de música. Mas o estudo aponta que a lógica de pagamento recorrente tem avançado também para serviços do cotidiano.
Entre os entrevistados, 40% assinam academias, 40% apps de comida, 43% planos de saúde, 35% seguros e 35% serviços de armazenamento em nuvem.
A pesquisa mostra ainda que a experiência de uso (30%) e o custo-benefício (20%) estão entre os principais fatores de fidelização, ao lado de vantagens exclusivas (26%).
O compartilhamento de senhas em plataformas de vídeo caiu de 56% para 49% em um ano, em meio às restrições impostas pelas empresas.
Crédito predomina, mas Pix avança
Apesar de o cartão de crédito concentrar a maioria das transações (69%), apenas 24% dos consumidores dizem confiar plenamente no cadastro de dados online.
O cenário abre espaço para alternativas: o Pix já representa 13% das operações e deve ganhar relevância com novas modalidades, como o Pix parcelado.
Entenda o que está em disputa
O crescimento das assinaturas aponta para um modelo de consumo cada vez mais integrado ao orçamento familiar.
Mas o desafio para as empresas é claro: oferecer serviços que mantenham valor percebido ao longo do tempo e, ao mesmo tempo, garantir segurança e simplicidade nos pagamentos.
A pesquisa ouviu 2.023 pessoas em todas as regiões do Brasil, em maio de 2025. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.