Dieese: Quase 100 mil trabalhadores de SP desistiram de procurar emprego entre 2019 e 2021

O número de trabalhadores desalentados (pessoas em idade produtiva que desistiram de procurar trabalho) deu um salto em São Paulo, saindo de 354 mil ao fim de 2019, para 451 mil ao fim de 2021. O levantamento foi feito pelo Dieese com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em alusão ao Dia do Trabalhador.

 

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Os dados ainda mostram que o rendimento médio real dos trabalhadores ocupados, seja no regime formal ou informal, sofreu uma queda acima da média nacional (-8%) e caiu de R$ 3.254 ao fim de 2019, para R$ 2.868 ao fim do ano passado, o que representa uma queda de 11,9%.

No fim de 2021, metade dos paulistas ocupados ganhava até R$ 1.800, enquanto o valor no fim de 2019 era de R$ 1.834.

Os dados ainda mostram que a taxa de subocupação nesse recorte subiu e agora abarca 6,3% da mão de obra ocupada, o que significa que 1,5 milhão de trabalhadores nessa condição. Ao fim de 2019 eram 1,2 milhão.

A informalidade também subiu, saltando de 6 milhões ao fim de 2019, para 6,2 milhões no fim de 2021.

Queda do poder de compra

Ainda segundo o Dieese, agora analisando o impacto da inflação sobre a cesta básica, a queda no poder de compra dos trabalhadores é agravada porque os preços dos produtos da cesta básica subiram ainda mais do que a inflação geral.

"Desde o começo da pandemia, o custo do conjunto de alimentos básicos teve acréscimo de R$ 243 em São Paulo, aumento de 47% entre março de 2020 e março de 2022."

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