Desemprego recua no segundo trimestre, mas atinge 13,7 milhões

Segundo levantamento do IBGE, o índice de desemprego no trimestre encerrado em agosto foi de 13,2%

10:36 | Out. 27, 2021

O nível de ocupação da população em idade produtiva atingisse os 50,9%. Em 12 meses, o contingente de pessoas ocupadas avançou 8,5 milhões. (foto: Aurelio Alves)

A taxa de desocupação recuou no trimestre encerrado em agosto e chegou a 13,2%. Isso representa um queda de 1,4 ponto percentual (p.p.) em três meses. Ainda assim, o número de pessoas desocupadas no Brasil ainda corresponde a 13,7 milhões, segundo o levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Ainda de acordo com o levantamento, o número de pessoas ocupadas (90,2 milhões) avançou 4%, com mais 3,4 milhões de trabalhadores ocupados no período. Isso permitiu que o nível de ocupação da população em idade produtiva atingisse os 50,9%. Em 12 meses, o contingente de pessoas ocupadas avançou 8,5 milhões.

A ocupação foi impulsionada pelo aumento de 1,1 milhão de trabalhadores (4,2%) com carteira assinada no setor privado (31,0 milhões), mas é notável o crescimento da informalidade, que subiu de 40% no trimestre encerrado em maio para 41,1%, impactando 37 milhões de trabalhadores.

“Parte significativa da recuperação da ocupação deve-se ao avanço da informalidade. Em um ano a população ocupada total expandiu em 8,5 milhões de pessoas, sendo que desse contingente 6,0 milhões eram trabalhadores informais”, explica a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy. “Embora tenha havido um crescimento bastante acentuado no período, o número de trabalhadores informais ainda se encontra abaixo do nível pré-pandemia e do máximo registrado no trimestre fechado em outubro de 2019, quando tínhamos 38,8 milhões de pessoas na informalidade”, acrescenta.