Feira Agroecológica do Parque é lançada com foco na produção orgânica

Estima-se que em torno de mil pequenos produtores têm certificação para comercializar cerca de 120 variedades de alimentos orgânicos no Ceará

13:37 | Set. 25, 2021

O destaque da primeira edição da Feira Agroecológica do Parque foram as hortaliças orgânicas, com preços até 50% mais baratos em relação ao encontrado em supermercados (foto: Fernanda Barros)

Foi lançada, neste sábado, 25, a Feira Agroecológica do Parque. O evento voltado para produção orgânica e agroecológica será realizado quinzenalmente no Parque Estadual do Cocó, na área Adahil Barreto, sempre das 7h às 12h. Além de hortaliças, são comercializadas folhagens, frutas, leguminosas, mel, café, plantas ornamentais, itens de artesanato e refeições produzidas com alimentos orgânicos. 

Em sua primeira edição, estiveram presentes a vice-governadora do Ceará, Izolda Cela, e o secretário estadual do Meio Ambiente, Artur Bruno. Além da Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Ceará (Sema) e da Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA), a Rede Eco Ceará e a Fundação Cultural Educacional Popular em Defesa do Meio Ambiente (Cepema) promovem a Feira, com apoio do Instituto Agropolos do Ceará.

O presidente da Fundação Cepema, Adalberto Alencar, cita que “o quilo do tomate orgânico é vendido em supermercados a até R$ 16, aqui é vendido por R$ 8. O maracujá que é vendido a R$ 10 o quilo nesses estabelecimentos aqui é vendido a, no máximo, R$ 5”. Falando sobre o tamanho da cadeia produtiva orgânica no Estado, ele acrescenta que são em torno de mil famílias certificadas para produzir orgânicos e mais de 120 produtos. “Nossa capacidade produtiva com sistema de irrigação é muito grande. Muitas vezes, elas se veem obrigadas a vender para a Ceasa um produto orgânico por um preço que não é justo”, argumenta.

Por sua vez, o secretário estadual do Meio Ambiente, Artur Bruno, destacou que “a Feira tem, entre seus objetivos, estimular a população a consumir produtos orgânicos e valorizar a agricultura familiar certificada. Todos esses alimentos aqui são certificados como orgânicos. Eles passam por um processo rígido de certificação. Um outro objetivo é unir preservação ambiental com produção. A gente pode produzir, ao mesmo tempo, em que se conserva a fauna e a flora”.

A vice-governadora do Ceará, Izolda Cela, ressaltou a importância do papel do Estado e dos municípios como indutores e promotores desse tipo de rede produtiva. “Uma feira dessas permite algo muito importante que é a comercialização de produtos vindos de pequenos produtores, resultante de uma agricultura baseada em princípios sustentáveis, além de ser muito protagonizada por mulheres”, enfatizou.

Ela lembrou ainda que a Feira acontece em um contexto de superação gradual do quadro de pandemia da Covid-19 no Estado. “Além da trágica perda de vidas, tivemos impactos seríssimos na renda e na organização das economias dos pequenos produtores, principalmente. Então, poder estar nesse local, seguindo com cuidados para evitar retrocessos, é um motivo de alegria”, exaltou.