Você conhece a relação do Ceará com o país da Olimpíada de Tóquio?

A participação japonesa na balança comercial cearense é ainda muito pequena, mas o Estado mantém negociações com empresários do país, como a Toyota, para atrair um centro de distribuição de peças da marca para o Estado

11:07 | Jul. 23, 2021

Atividades de navios, caminhões de transporte e estocagem de contêineres no Porto do Pecém (foto: FCO FONTENELE)

A cerca de 16,5 mil quilômetros distante do Ceará, o Japão, onde está sendo realizada a Olimpíada de Tóquio, não tem uma relação comercial expressiva com o Estado conforme os números da balança comercial entre os locais. Mas há procura por investir em solo cearense, e há negociação do Governo do Estado com a japonesa Toyota, por exemplo, para se firmar aqui com centro de distribuição de peças de carros. 

LEIA TAMBÉM | Porto do Pecém faz homenagem a atletas cearenses na Olimpíada de Tóquio 

Dados do Comex Stat, Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, mostram que nas exportações, do período de janeiro a junho de 2021, o valor chegou a US$ 3,39 milhões, uma diferença maior em US$ 451 mil ante igual período do ano passado, alta de 15,3%.

A participação japonesa na exportação cearense é de apenas 0,32%, bem distante do que se vê no principal parceiro comercial do Ceará, que são os Estados Unidos. De janeiro a junho deste ano, vendemos aos estadunidenses US$ 676 milhões, sendo US$ 311 milhões ou 85,3% a mais ante igual período de 2020. O país, ao contrário do Japão, tem expressivos 63,1% de participação nas exportações.

JÁ VIU ESSA? | Conheça os cearenses que prometem brigar por medalha na Olimpíada de Tóquio-2020 

Dos produtos que mais comercializamos para os japoneses nestes seis primeiros meses do ano, destacam-se cocos, castanha do Brasil e castanha de caju, frescos ou secos, mesmo sem casca ou pelados (US$ 100.440); peixes vivos (US$ 34.240); crustáceos, mesmo sem casca, vivos, frescos, refrigerados, congelados, secos, salgados ou em salmoura, além de crustáceos com casca, cozidos em água ou vapor, mesmo refrigerados, congelados, secos, salgados ou em salmoura, e também farinhas, pó e pellets de crustáceos (US$ 1.286).

Nas importações, a relação comercial com o Ceará é também pequena. De janeiro a junho deste ano, foram importados US$ 5,11 milhões, o que representa queda de US$ 3,11 milhões ou 37,9% ante igual período de 2020. A participação japonesa nos produtos comprados do Exterior pelos cearenses é de apenas 0,33%.

Como importamos mais do que exportamos, o resultado da balança comercial do Estado com o Japão é de negativos US$ 1,72 milhão neste primeiro semestre do ano. Dentre os produtos mais importados, os dados do Ministério não apresentam destaques.