Preço de alimentos aumenta mais 1,59% e cesta básica em Fortaleza chega a R$ 525

De acordo com o Dieese, os aumentos de setes produtos influenciaram na alta mensal, destaque para açúcar (+3,63%), óleo (3,21%) e carne (+3,03%)

12:09 | Mai. 07, 2021

O óleo é o item que mais subiu de preço em abril (foto: Thais Mesquita/O Povo)

O valor da cesta básica de alimentos em Fortaleza subiu 1,59% em abril e alcançou R$ 525,26 de preço médio. De acordo com os dados do Dieese, nos últimos 12 meses, a alta acumula é de 8,87%.

LEIA TAMBÉM | Aplicativo Caixa Tem terá prêmios até R$ 250 mil; veja como participar

Isto faz com que a Capital tenha a cesta básica mais cara do Norte-Nordeste. O trabalhador cearense precisou de 105 horas e 3 minutos para comprar os produtos e comprometeu 51,62% do salário mínimo vigente.

De acordo com os dados, aumentos de setes produtos impactaram mais na alta mensal, destaque para açúcar (+3,63%), óleo (3,21%) e carne (+3,03%). Observando os principais vilões na série ampliada, em 12 meses, os itens com maior elevação de preços foram a carne (+14%), o açúcar (+12,14%) e a farinha (11,62%).

Os valores que apresentaram maior queda no mês passado foram o leite (-0,65%), o café (-0,35%) e a farinha (-0,22%). Já as principais reduções em 12 meses foram do tomate (-35,29%), e do leite (-2,34%).

Entre março e abril de 2021, o custo médio da cesta básica de alimentos encareceu em 15 das 17 cidades analisadas pelo Dieese. As maiores altas foram em Campo Grande (6,02%) e João Pessoa (2,41%). A cesta básica mais cara do Brasil é comercializada em Florianópolis (R$ 634,53).

Impacto no salário mínimo

De acordo com o Dieese, quando se compara o custo da cesta com o salário mínimo líquido (R$ 1.017,50), ou seja, após o desconto referente à Previdência Social (7,5% dos R$ 1.100), o trabalhador comprometeu, com base nos custos com alimentação no mês passado, em média, 51,62% do salário mínimo líquido para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta - a conta nem leva em consideração os custos de uma família com mais de uma pessoa, o que, obviamente, é maior.

Com base no preço médio da cesta básica mais cara do País, o Dieese estima que o salário mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 5.330,69. O atual salário básico vigente é 4,85 vezes menor, de R$ 1.100,00. O cálculo leva em consideração uma família de quatro pessoas, dois adultos e duas crianças, e os gastos com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta, em abril, ficou em 110 horas e 38 minutos; maior do que em março, quando foi de 109 horas e 18 minutos.