Economia cearense cresce acima da média do Nordeste e do Brasil

O Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR-CE) no Ceará, considerado a prévia do PIB, registrou alta de 0,69% na passagem de outubro para novembro do ano passado. Em comparação com igual mês de 2019 o avanço é de 0,42%. Os dados divulgados nesta terça-feira, 19, pelo Banco Central, mostram que a economia cearense vem reagindo em ritmo superior ao da média do Nordeste (0,35%) e do Brasil (-0,83%).

É o segundo mês consecutivo de alta, após retração de 0,53% observada na passagem de julho para agosto. No comparativo do trimestre, com o imediatamente anterior, a série dessazonalizada, aponta alta de 2,92% na economia do Estado. Porém, quando se observa o acumulado do ano, as perdas chegam a 2,37%. Em 12 meses, o recuo estimado é de 1,90%.

Ainda assim, o encolhimento da economia em 2020 tende a ser um pouco menor do que a média do Nordeste. No acumulado até novembro, o nível de atividade econômica na Região era de 2,4% e a retração em 12 meses era de 2,08%. Em relação ao mês imediatamente anterior a alta foi de 0,79%.

Para o vice-presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Ceará (Ibef-CE), Raul Santos, observa que a dinâmica econômica do Ceará, que vem desenvolvendo diversos segmentos nos últimos anos, contribuiu para que a recuperação se desse de forma mais rápida. "A economia do Ceara não é dependente de um setor só. Aqui no Nordeste, em geral, os estados tem atividades mais heterogêneas. (Mas) Especificamente no Ceará temos uma ambiência de negócios boa, o Estado e os municípios têm feitos investimentos, as grandes empresas cearenses têm aberto capital e mantido suas sedes aqui".

No Brasil, o indicador apresentou expansão de 0,59% em novembro em relação a outubro. Mas o acumulado do ano é negativo em 4,63%.

O IBCR serve como parâmetro para o Banco Central avaliar o ritmo da economia ao longo dos meses e tomar decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic. O indicador incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária, além do volume de impostos.