Ibef Ceará discute perspectivas do cenário econômico brasileiro

Live promovida pelo instituto contou com a participação do diretor do ASA Bank e ex-secretário do Tesouro Nacional, Carlos Kawall

13:20 | Abr. 23, 2020

Centro de Fortaleza é um dos afetados pela crise econômica (foto: Aurélio Alves/O POVO)

Em live veiculada nas plataformas Zoom e Youtube, o Instituto Brasileiro Executivo de Finanças (Ibef-CE) promoveu uma discussão sobre as perspectivas econômicas do País durante a pandemia de coronavírus (Covid-19). O encontro foi conduzido pelo presidente do Ibef Ceará, Luiz Antônio Trotta Miranda, e também pelo ex-presidente do Instituto, Antonio Roque Albuquerque. Além do diretor do ASA Bank, Carlos Kawall, que também já foi secretário do Tesouro Nacional.

Antes do avanço da pandemia de Covid-19, os especialistas em economia projetavam um crescimento do PIB mundial em relação ao último ano. Entretanto, o cenário otimista, acabou dando espaço para uma projeção pessimista, como destacou Carlos Kawall.

"De fato, é uma crise sem precedentes, verdadeiramente global. Nenhum país será poupado, ainda que a ordem não aconteça exatamente no mesmo momento em todos países. O PIB (Produto Interno Bruto) da economia tinha previsão de crescer entre 3,2% e 3,4%, inclusive em aceleração, visto que ano passado o crescimento foi de 2,9%. Esse número agora tem previsão de -3,0%, o que se compara isso ao pior ano da economia global, logo após a Segunda Guerra Mundial", afirma Carlos Kawall.

Em relação ao PIB do Brasil, as projeções não têm sido nada favoráveis. De acordo com o relatório do Banco Mundial, a previsão da queda é de 5% este ano. Já para 2021, a expectativa é de crescimento em 1,5%, e em 2022, de expansão em 2,3%. No último ano - 2019 - o PIB brasileiro cresceu em 1,1%, o que significou o pior avanço em três anos.