Indústria brasileira cresce 0,5% em fevereiro, aponta IBGE

Sem efeitos do coronavírus, segundo mês deste ano foi positivo para o setor

12:11 | Abr. 01, 2020

04/11/2015 Brasil A produção industrial brasileira recuou 1,3% em setembro deste ano, na comparação com o mês anterior. Segundo a Pesquisa Industrial Mensal divulgada hoje (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é a quarta queda consecutiva do indicador nesse tipo de comparação. (Foto: David Alves/Palácio Piratini) (foto: DAVID ALVES)

Ainda sem sentir, na ocasião, os efeitos da crise desencadeada pelo novo coronavírus (Covid-19), a produção industrial brasileira avançou 0,5% em fevereiro, informou nesta quarta-feira, 1º de abrik, a Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o saldo positivo também registrado em janeiro, o setor acumulou, no primeiro bimestre, crescimento de 1,6%.

No período analisado 15 dos 26 ramos da indústria analisados pelo IBGE registraram resultados positivos, com destaque para veículos automotores, reboques e carrocerias (2,7%); e outros produtos químicos (2,6%). Também contribuíram para o resultado de fevereiro: produtos alimentícios (0,6%), celulose, papel e produtos de papel (2,4%), farmoquímicos e farmacêuticos (3,2%) e borracha e material de plástico (2,1%).

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Na comparação com fevereiro de 2019, porém, a produção industrial recuou 0,4% no Brasil. Dessa forma, de acordo com o IBGE, o acumulado de janeiro e fevereiro de 2020 frente ao mesmo bimestre de 2019 é de -0,6%. Já o acumulado dos últimos 12 meses da produção industrial apresenta recuo de 1,2%.

Entre os ramos que tiveram queda em fevereiro, um dos destaques negativos foi a produção de equipamento de informática, eletrônicos e ópticos (-5,8%), o que já era, na ocasião, um reflexo do avanço do coronavírus no mundo. "“Alguns segmentos podem ter sido impactados pela situação da China, principalmente aqueles que trabalham com matéria-prima importada e comércio internacional, como é o caso da informática”, analisa o gerente da pesquisa, André Macedo.