Feijão carioca e leite longa vida foram responsáveis por 60% do IPCA de junho
10:20 | Jul. 08, 2016
"A resistência dos preços está nos alimentos, é na alimentação, que depende do clima", explicou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE. "O feijão-carioca é o mais consumido no País. Não tem em outro lugar, não dá para importar. Tem se importado o feijão preto", completou.
No caso do leite, os pecuaristas estão gastando mais com a ração para o gado, por conta de problemas com o pasto e pela redução na safra nacional de milho. Juntos, o feijão-carioca e o leite longa vida deram uma contribuição de 0,21 ponto porcentual para o IPCA.
Outras altas relevantes em junho foram do feijão-mulatinho; feijão-preto; feijão-fradinho; manteiga; chocolate em barra e bombom; fubá de milho; alho; leite em pó; café moído e ovos.
"Os alimentos têm subido por conta de problemas climáticos, que têm acontecido neste ano e (aconteceram) no fim do ano passado. Teve muita chuva. No caso do feijão-carioca, o principal produtor é o Paraná. Tem diminuído a oferta de feijão. É o prato típico do brasileiro, feijão com arroz. A saca do feijão-carioca, que nessa época ficava em torno de R$ 120,00, este ano chegou a R$ 500,00, até R$ 600,00", disse Eulina.
Por outro lado, os produtos que tiveram reduções de preços mais relevantes foram: cenoura, cebola, açaí, tomate, frutas, pescado, óleo de soja, açúcar refinado, frango inteiro, pão de forma e doces.