PMI de Serviços do Brasil sobe a 38,6 em março, revela Markit
10:55 | Abr. 05, 2016
Com o resultado deste mês, o índice composto, que ainda leva em conta o PMI industrial, subiu para 40,8, de 39,0 pontos no período, deixando também a mínima recorde. Pela metodologia da pesquisa, resultados acima de 50 pontos indicam expansão da atividade, enquanto leituras abaixo deste valor mostram contração.
Segundo o levantamento, os novos pedidos caíram pelo décimo terceiro mês consecutivo e a diminuição na demanda se deve às crises econômica e política. "O desempenho da economia brasileira continua inquietante e preocupações permanecerão de que o impasse político, o aumento do desemprego, a inflação forte, os escândalos de corrupção e o aperto fiscal possam, em cada um dos casos, ter impactos ainda mais prejudiciais sobre as condições de demanda," diz o relatório assinado pela economista da Markit, Pollyanna de Lima.
Em sentido contrário, 44% dos entrevistados relataram aumento de custos em março, o que resultou no repasse aos preços de modo a acompanhar a inflação persistentemente alta. "Ao mesmo tempo em que as empresas puderam, de certa forma, repassar aos clientes parte das cargas adicionais dos custos, a diferença entre a inflação de custos e a de preços cobrados aumentou ainda mais, sugerindo uma compressão maior das margens de lucro", escreve Pollyana.
A redução da demanda e os gastos mais altos também levaram ao corte da força de trabalho pela 13ª leitura seguida, na segunda taxa mais intensa desde 2007. "O setor de serviços, especialmente, continua vulnerável a turbulências internas, enquanto que os fabricantes, pelo menos, se beneficiaram da desvalorização da moeda, e registraram ganhos no volume de novos pedidos para exportação", pondera o texto.
Já o grau de otimismo entre os provedores de serviços em relação as perspectivas de atividade daqui a doze meses permaneceu positivo em março. Segundo a Markit, os entrevistados citaram como motivos as expectativas de melhores condições econômicas.