Cunha diz que limitará pauta da semana ao projeto da terceirização
O texto-base do Projeto de Lei 4.330/2004 foi aprovado na última quarta-feira, 8, mas existem muitas emendas a serem apreciadas em plenário, o que pode mudar o conteúdo da proposta chancelada por 324 parlamentares.
O governo orientou pela não aprovação do texto apresentado pelo relator Arthur Maia (SD-BA), mas conseguiu apenas 137 contra o projeto. Apenas PT, PCdoB e PSOL e alguns dissidentes de outras legendas votaram contra. Outros dois deputados se abstiveram.
O resultado desagradou a presidente Dilma Rousseff, que afirmou após aprovação do projeto que "a terceirização não pode comprometer direitos dos trabalhadores". "Não podemos desorganizar o mundo do trabalho e temos de garantir que as empresas que sejam contratadas assegurem salários e contribuições previdenciárias e paguem seus impostos", disse.
Dilma destacou o vice-presidente Michel Temer para negociar mudanças no PL 4.330, especialmente na área tributária. O governo quer que as companhias contratantes de terceirizada recolham na fonte o INSS. Maia permitiu apenas que o recolhimento por contratante fosse feito em alguns casos.
O PT também manobra contra pontos do texto. O principal dele é o que permite a contratação de trabalhadores terceirizados para "atividades-fim" das empresas contratantes e não mais somente para "atividades-meio".