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Piora em março expectativa de consumidor em relação à inflação, diz a FGV

09:00 | 24/03/2015
A mediana da inflação esperada pelos consumidores nos próximos 12 meses saltou para 8,4% em março, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta terça-feira, 24, que divulgou o Indicador de Expectativas Inflacionárias dos Consumidores. O resultado é o maior já observado em toda a série histórica, iniciada em novembro de 2005. No mês passado, a expectativa das famílias havia ficado em 7,9% nos 12 meses à frente.

"O resultado de março confirma que a aceleração recente da inflação vem tornando as expectativas dos consumidores mais pessimistas para o futuro. Outro destaque é o rompimento da barreira dos 8% de expectativa de inflação para os próximos 12 meses. Precisamos acompanhar e ver se esse é um aumento permanente ou temporário", diz o economista da FGV Pedro Costa Ferreira, por meio de nota.

Mais da metade das famílias espera um aumento de preços na faixa de até 10% nos próximos 12 meses a partir de março. Além disso, um a cada cinco consumidores alimenta uma expectativa ainda maior, que supera 10%. A fatia dos que esperam inflação até 7% diminuiu consideravelmente na passagem de fevereiro para março, de 39% para 25% em apenas um mês. Já a parcela dos que contam com aumento de preços entre 7% e 8% passou de 24,9% para 30,6%.

Também aumentou o número de consumidores que projetam inflação entre 8% e 10%, de 17,1% em fevereiro para 22,5% em março. Há ainda quem espere preços subindo entre 10% e 13% nos próximos 12 meses (10,4%) ou até mesmo acima de 13% no período (11,5%). Apenas 10,3% dos consumidores esperam inflação de até 6,5% nos próximos 12 meses.

O Indicador de Expectativas Inflacionárias dos Consumidores é obtido com base em informações coletadas no âmbito da Sondagem do Consumidor. Produzidos desde setembro de 2005, os dados vinham sendo divulgados de forma acessória às análises sobre a evolução da confiança do consumidor. Desde maio de 2014, as informações passaram a ser anunciadas separadamente. A Sondagem da FGV coleta mensalmente informações de mais de 2,1 mil brasileiros em sete das principais capitais do País.

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