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PF desarticula organização envolvida em fraudes milionárias junto à Caixa

O prejuízo das fraudes pode chegar a R$ 100 milhões, os bens dos investigado já foram bloqueados pela Justiça

11:01 | 24/03/2015
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Atualizada às 17h18min

A partir de uma auditória interna na Caixa Econômica Federal (CEF) foram constatadas fraudes na obtenção de financiamentos e empréstimos bancários, com o objetivo de desarticular a organização criminosa que fraudava os contratos, a Polícia Federal deflagou nesta terça-feira, 24, a operação Fidúcia.

As investigações apontaram que a organização criminosa agia, inicialmente, criando  empresas de fachadas para serem beneficiárias de empréstimos bancários. Na sequência o grupo falsificava a documentação para viabilizar a concessão de financiamentos. Os servidores aliciados manipulavam o processo de concessão de financiamentos e empréstimos, ignorando normas básicas de segurança, bem como  furtando-se do dever de verificar a documentação necessária para a concessão dos mesmos.

O  prejuízo já chega a mais de R$ 20 milhões podendo, após o término da análise dos documentos apreendidos, chegar ao montante de mais de cem milhões de reais.

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Durante a manhã, em Natal, Rio Grande do Norte, em cumprimento a um mandado de prisão temporário expedido pelo Juiz Federal da 32ª Vara de Fortaleza, foi detido um ex-gerente da instituição bancária. Um cearense de 32 anos, se apresentou espontaneamente na superintendência da Polícia Federal (PF), ao tomar conhecimento de que era um dos alvos da Operação Fidúcia. As informações foram divulgadas pela PF.

Após ser submetido a exame de corpo de delito no Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep), o ex-gerente foi recolhido à custódia da PF, onde aguardará o pronunciamento da Justiça.

A Justiça Federal determinou o bloqueio e indisponibilidade dos bens dos investigados. Os envolvidos, responderão, na medida de suas participações, por associação criminosa, uso de documento falso, corrupção ativa e passiva, estelionato e evasão de divisa.

A operação deve cumprir 56  mandados judiciais expedidos pela 32ª Vara da Justiça Federal, sendo 05 mandados de prisão preventiva, 12 mandados de prisão temporária, 14 mandados de condução coercitiva e 25 mandados de busca e apreensão em desfavor de empresários e servidores  da CEF  que planejaram o elaborado esquema de fraudes e desvios de grandes quantias da CEF.

O nome “FIDÚCIA” faz referência à modalidade de financiamento utilizado pela organização criminosa, vez que os bens dados fiduciariamente em garantia aos empréstimos sequer existiam.

Redação O POVO Online
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