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Índice de preços ao produtor avança 0,26% em fevereiro,diz o IBGE

09:40 | 31/03/2015
O Índice de Preços ao Produtor (IPP) registrou alta de 0,26% em fevereiro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta terça-feira, 31. Em janeiro, a taxa ficou positiva em 0,02%, conforme dado revisado (-0,13% na leitura inicial). Ainda de acordo com o IBGE, o indicador acumula altas de 0,28% no ano e de 2,74% em 12 meses até fevereiro. O IPP mede a evolução dos preços de produtos na "porta da fábrica", sem impostos e fretes, de 23 setores da indústria de transformação.

A alta de 0,26% foi determinada pelo aumento de preços em 17 das 23 atividades pesquisadas. O resultado representou uma aceleração ante janeiro, quando o índice subiu 0,02%, devido à desvalorização de quase 7,0% do real contra o dólar apenas no mês passado, apontou o IBGE.

As maiores variações no IPP do mês passado foram observadas nas atividades de fumo (4,92%), outros equipamentos de transporte (4,43%) e confecção de artigos do vestuário (4,11%) e calçados e artigos de couro (3,91%).

Apesar disso, o maior impacto veio de alimentos, que ficaram 1,00% mais caros no atacado. Por terem um peso importante no índice, contribuíram com 0,20 ponto porcentual na elevação registrada no mês passado. Segundo o IBGE, o câmbio afetou os preços de produtos exportados, como carnes de aves e bovinas. No caso dos derivados da soja, além da desvalorização do real, a maior demanda externa ajudou a elevar o preço.

Outros setores que foram impactados pelo câmbio foram a metalurgia, com alta de 0,65% em fevereiro ante 0,66% em janeiro, e papel e celulose (influenciada principalmente por causa da celulose), com elevação de 2,84% no mês passado, contra aumento de 0,90%.

Do lado negativo, outros produtos químicos ficaram 3,17% mais baratos no atacado, a queda mais intensa desde o início da pesquisa (dezembro de 2009). O impacto foi de -0,33 ponto porcentual.

Já o refino de petróleo e produtos de álcool registrou redução de 2,41% em fevereiro, empurrado pelo recuo do preço do petróleo no mercado internacional. Esse efeito se destacou a despeito da entressafra da cana, segundo o IBGE. Com isso, o grupo tirou 0,27 ponto porcentual da inflação ao produtor.

O IPP mede a evolução dos preços de produtos na "porta da fábrica", sem impostos e fretes, de 23 setores da indústria de transformação.

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