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Índice de liquidez de bancos brasileiros melhorou no 2º semestre de 2014, diz BC

12:40 | 19/03/2015
O Índice de Basileia do Sistema Financeiro Nacional atingiu 16,7% no final do ano passado ante 15,5% verificados ao final do primeiro semestre de 2014, de acordo com o Relatório de Estabilidade Financeira (REF) do Banco Central, divulgado nesta quinta-feira, 19. Na segunda metade de 2013, o indicador estava em 16,1%, sendo que o nível mínimo regulatório é de 11%.

O Índice de Basileia é um conceito internacional definido pelo Comitê de Basileia, que recomenda uma relação mínima entre o Capital Base (Patrimônio de Referência - PR) e os riscos ponderados. O porcentual significa que, para cada R$ 100,00 que um banco empresta, é preciso ter R$ 11,00 levando em consideração o nível mínimo regulatório.

O REF informou também que o Índice de Liquidez do sistema passou de 1,71 no primeiro semestre de 2014 para 2,02 no fim do ano passado. O número do primeiro semestre foi revisado, no relatório anterior era de 1,51. Esse indicador é usado para avaliar a capacidade de pagamento de instituições financeiras em relação a suas obrigações e representa a relação entre os ativos mais líquidos do sistema bancário e a honra de seus compromissos em um prazo de 30 dias. Quanto maior o número, mais confortável é a situação de liquidez dos bancos.

O BC verificou uma melhora na capitalização das instituições financeiras brasileiras entre junho e dezembro de 2014, sendo que nenhuma instituição apresentava no segundo semestre nível de capital principal inferior a 7% do ativo ponderado de risco (RWA), nível que será requerido em 2019. No primeiro semestre, havia uma instituição com nível de capital principal inferior ao mínimo exigido, que atualmente é de 4,5% do RWA.

Já o Retorno Sobre Patrimônio Líquido (RSPL) do sistema bancário caiu para 13% ao ano em dezembro passado, ante taxa de 13,7% ao ano observada seis meses antes.

Solvência

A solvência do sistema bancário permaneceu estável no período e as métricas utilizadas para a sua mensuração continuaram em patamar elevado. "Os índices de capitalização seguiram em níveis superiores aos dos requerimentos regulatórios, o que, associado aos resultados da simulação da plena implementação do arcabouço de Basileia III e da introdução do futuro

requerimento de razão de alavancagem, confirmaram a confortável situação de solvência do sistema", trouxe o documento.

Nas simulações de situações de estresse, o sistema bancário brasileiro apresentou adequada capacidade de suportar efeitos de choques decorrentes de cenários adversos. Os bancos também reagiram bem, de acordo com o documento, a mudanças abruptas nas taxas de juros, de câmbio, na inadimplência e nos preços dos imóveis residenciais.

SBP

O BC avalia que o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) funcionou de forma "eficiente e segura" no segundo semestre de 2014. A instituição diz que nos sistemas de transferência de fundos, a liquidez intradia agregada disponível continuou acima das necessidades das instituições financeiras participantes, o que garantiu que as liquidações ocorressem com tranquilidade, sobretudo no que diz respeito ao Sistema de Transferência de Reservas (STR), diz o BC.

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