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Desaceleração do IGP-M foi puxada pela inflação agrícola, diz o Besi

14:00 | 26/02/2015
A desaceleração do IGP-M para 0,27% em fevereiro, ante 0,76% em janeiro, foi puxada principalmente pela forte desaceleração do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) Agropecuário, que caiu 0,06%, após alta de 1,35%. A avaliação é do economista sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano. Ele prevê que, em março, o IGP-M deve voltar a acelerar, pressionado sobretudo por uma alta dos preços agrícolas.

Serrano avalia que a desaceleração do IGP-M não foi surpresa. De acordo com levantamento do AE Projeções, ele cravou a alta de 0,27% em fevereiro. O economista destaca que o resultado do indicador fechado do mês também foi puxado pela desaceleração do IPA Industrial, que caiu 0,10% após alta de 0,26%. Segundo ele, essa queda foi puxada pela deflação de vários produtos, em especial o minério de ferro (-3,52%), que está em deflação desde maio de 2014.

Em relação ao Índice de Preços ao Consumidor (IPC), Serrano avalia que, apesar de ter desacelerado para 1,14% em fevereiro, após alta de 1,35% em janeiro, o item ainda está em patamar alto, por conta de alguns fatores de pressão nos grupos Habitação (de 1,59% para 1,19%) e Transporte (de 1,48% para 2,6%). Entre eles, resquícios do reajuste da conta de energia e do preço dos combustíveis, principalmente a gasolina, com elevação do PIS/Cofins.

O economista prevê que o IPC deve desacelerar em março, mas pode vir ainda pressionado, caso haja aumento das bandeiras tarifárias que está sendo estudado pelo governo e reajustes extraordinários concedidos pelas distribuidoras de energia nos estados. Já para o IPA Agropecuário, ele prevê aceleração a partir do próximo mês. Com essas projeções, o Besi Brasil projeta alta de 0,50% para o IGP-M de março.

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