Caminhoneiros voltam a bloquear trechos de rodovias na Bahia e Ceará
Durante a manifestação, integrantes de uma equipe da TV Oeste, integrante da Rede Bahia, afiliada da Rede Globo, foram hostilizados - o repórter Muller Nunes chegou a ser agredido, com chutes, por um homem - e o carro no qual viajavam teve os pneus rasgados. O veículo só pôde ser retirado com o auxílio de um caminhão guincho, após o fim do protesto.
O sindicato local dos trabalhadores em transporte de cargas negou ter participado da manifestação e lamentou os atos contra os profissionais da comunicação. O ato também motivou notas de repúdio da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert).
"É inaceitável que profissionais da imprensa sejam impedidos de atuar na cobertura de fatos de interesse da sociedade", diz o comunicado da Abert, assinado pelo presidente da entidade, Daniel Pimentel Slaviero. "A Abert considera fundamental que haja uma apuração rigorosa dos fatos e a punição dos responsáveis."
Ceará
No Ceará, os caminhoneiros voltaram a bloquear a BR-116. Desta vez, no km 213, na altura do município de Tabuleiro do Norte, a 209 quilômetros de Fortaleza. Os caminhões estavam parados na via desde ontem à tarde. Hoje, por volta das 11h10, os manifestantes começaram a liberar a passagem, após a chegada do oficial de Justiça juntamente com a Polícia Rodoviária Federal ao local.
O dia amanheceu com mais de 40 caminhões parados no protesto contra a alta no preço do diesel e a falta de reajuste no valor dos fretes. Uma das vias foi interditada e só passavam veículos pequenos.
Ainda ontem, a Polícia Rodoviária Federal comunicou que iria começar a autuar os caminhoneiros que bloqueavam as estradas federais, com base no Código de Trânsito Brasileiro. A multa por estarem realizando eventos na via sem autorização seria de R$ 1.915,00.