Juros e baixa confiança afetaram vendas do varejo em novembro, diz a Fecomércio
"O comércio não poderia estar imune ao ritmo hesitante da economia brasileira em 2014: as vendas do setor desaceleraram mês a mês em relação ao ano de 2013. Após longo período em que cresceu a taxas de dois dígitos, o fato é que o varejo avança atualmente abaixo de 3% em termos anuais", diz nota divulgada pela Federação.
A Fecomercio citou a moderação no crescimento do crédito. "O alto custo da tomada de financiamentos, agravado pelo aperto monetário em curso, inibiu a expansão das concessões (de crédito), também inibida pelo recuo dos incentivos fiscais. Ainda assim, o saldo das operações segue com crescimento descolado da média da economia - na casa dos 11% anuais", diz a nota.
Como o crescimento do crédito segue robusto, o ajuste para reequilibrar a economia ganha relevância. "O maior compromisso com o controle do gasto público, se efetivado, resultará na continuidade de um ritmo ameno de crescimento, mas renderá frutos a partir do segundo semestre. Com o dever de casa feito, contas públicas e inflação em ordem, a confiança de consumidores e empresários tende a crescer e, com isso, o consumo das famílias e o investimento", opina a Fecomércio-RJ.