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IBGE: maior impacto no IPCA veio dos alimentos, com alta de 8,03%

10:20 | 09/01/2015
Embora os gastos com Habitação (alta de 8,80%) tenham liderado as variações de grupo no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2014, foram os aumentos de Alimentação e Bebidas, com alta de 8,03%, que mais pesaram para a inflação do ano, informou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os aumentos nos alimentos resultaram numa contribuição de 1,97 ponto porcentual para a taxa de 6,41% do IPCA de 2014. Juntos, os dois grupos responderam por 51% da inflação do ano, 3,24 ponto porcentual.

Apesar de ter tido o maior impacto para o IPCA, a alta dos alimentos pesou menos na inflação de 2013 do que em 2014, ao passar de alta de 8,48% para 8,03% no período. "Quando a gente vê entre os grupos, a alimentação já tinha tido impacto forte em 2013. Uma diferença grande aí foi a energia elétrica, que contribuiu muito para conter a inflação em 2013,mas nesse ano (2014) foi mais alta", lembrou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE.

A tarifa de energia elétrica tem um peso de 2,95% no IPCA. O item impulsionou o aumento nos gastos com Habitação de 2013 para 2014.

Quanto às despesas com Alimentação e Bebidas, o peso é de 24,86% do orçamento das famílias. O grupo registrou a maior alta em Goiânia (10,69%), seguido por Rio de Janeiro (10,02%). Vitória teve a menor alta, 6,07%.

No total das regiões pesquisadas, os alimentos adquiridos para consumo em casa aumentaram 7,10% em 2014, com destaque para a alta de 22,21% nas carnes, o maior impacto individual no IPCA do ano, o equivalente a 0,55 ponto porcentual.

Os alimentos consumidos fora de casa subiram 9,79% no ano. O item refeição fora, com aumento de 9,96%, ficou na segunda posição no ranking de principais impactos para o IPCA de 2014, 0,50 ponto porcentual.

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