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Diminui número de famílias brasileiras endividadas

O cartão de crédito foi o tipo de dívida mais citado pelas famílias brasileiras, apontado por 75,3% dos endividados em 2014. Mas o destaque do ano foi o crescimento do financiamento imobiliário.

10:12 | 13/01/2015
A média de famílias que relataram ter financiamentos ou empréstimos diminuiu 0,6% em 2014 quando comparada ao ano anterior. Os dados são do  Perfil do Endividamento das Famílias Brasileiras realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), com base nos resultados mensais da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).

A porcentagem de famílias que afirmaram ter dívidas de financiamentos ou empréstimos foi de 61,9% em 2014. O percentual de famílias com contas em atraso também recuou para 19,4%, ante 21,2% em 2013, alcançando o menor patamar da série histórica, iniciada em 2010.

Para a CNC, a diminuição na oferta de crédito, o consumo mais moderado das famílias e as condições favoráveis no mercado de trabalho contribuíram para reduzir o nível de endividamento. “O mercado de trabalho, com baixa taxa de desemprego e crescimento real da renda, também foi um fator preponderante”, avalia a economista da CNC, Marianne Hanson.

De acordo com a economista, a perspectiva é de que as famílias continuem cautelosas em 2015. "O ínicio do ano é sempre um período turbulento para as contas famíliares devido aos gastos extras do período. Assim eles recorrem mais ao crédito e em consequência cresce a inadimplência. Porém o crédito mais caro e o cenário econômico desfavorável devem gerar mais cautela nas famílias e menos endividamento", diz.

Tipos de dívidas

O cartão de crédito foi o tipo de dívida mais citado pelas famílias brasileiras, apontado por 75,3% dos endividados em 2014. Mas o destaque do ano foi o crescimento do financiamento imobiliário, de 1,7 ponto percentual (p.p.) em relação a 2013, e do financiamento de carro, que aumentou 1,6 p.p. na mesma comparação. Outras modalidades de dívidas sofreram queda, como o cheque especial (-0,6 p.p.), o cheque pré-datado (-0,4 p.p.), o crédito consignado (-0,5 p.p.), o crédito pessoal (- 0,1 p.p.) e os carnês (-1,7 p.p.). A pesquisa da CNC é realizada com cerca de 18 mil consumidores em todas as capitais dos Estados e no Distrito Federal.
Redação O POVO Online
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