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Cresce intenção de consumidor de SP de tomar crédito, diz Fecomercio

11:00 | 21/01/2015
A intenção do consumidor paulistano em contratar um financiamento cresceu em janeiro, depois de passar três meses em queda. A Pesquisa de Risco e Intenção de Endividamento (PRIE) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) revela que em janeiro houve uma alta de 5,4% na comparação com dezembro de 2014. Já em relação a janeiro do ano passado foi registrada uma retração de 15,9%. A instituição destaca que os dados apontam um comportamento mais cauteloso do consumidor, que tende a evitar compromissos de médio e longo prazos.

Na passagem de dezembro para janeiro, um dos componentes do indicador, o que mede a segurança de crédito, caiu 5,2%. O item mede a proporção de consumidores, endividados ou não, que possuem uma reserva aplicada, e que possa ser usada em casos de imprevistos.

A poupança permanece como principal aplicação dos entrevistados, respondendo por 71,8% dos casos. A FecomercioSP destaca, no entanto, o avanço da previdência privada, que passou de 6,4% no último mês de 2014 para 7,5% no primeiro mês de 2015. Este comportamento, segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, pode ser decorrente dos efeitos tributários sazonais, "em razão dos aplicadores, ao longo do mês de dezembro, transferirem parte da poupança para essas aplicações".

As perspectivas negativas dos consumidores para os próximos meses têm levado à adoção de cuidados, que se refletem no aumento da poupança e no diminuição da exposição ao endividamento e compras parceladas. "O comportamento do consumidor poderá permanecer assim durante todo esse ano, principalmente no primeiro semestre", diz, em nota, a assessoria econômica da FecomercioSP.

Metodologia

A Pesquisa de Risco e Intenção de Endividamento (PRIE), apurada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), tem o objetivo de acompanhar o interesse dos paulistanos em contrair crédito e a evolução da proporção de famílias endividadas na capital paulista que possuam aplicações financeiras, gerando um índice de risco inerente a essas operações. Os dados que compõem a PRIE são coletados em 2,2 mil entrevistas mensais realizadas na cidade de São Paulo.

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