CNC: incertezas da economia e crédito mais caro estimulam endividamento menor
Segundo Marianne, é comum haver queda no endividamento de dezembro para janeiro, pois as pessoas aproveitam o 13º salário para pagar dívidas. A Peic apontou que 57,5% das famílias informaram estar endividadas, ante 59,3% em dezembro de 2014 e 63,4% em janeiro do ano passado. "O efeito sazonal foi intensificado por essa cautela em relação ao crescimento e ao custo maior do crédito", disse Marianne.
Como o mercado de trabalho se manteve aquecido, com desemprego em baixa e rendimento em alta - ainda que a geração de novos postos tenha se reduzido - a queda no endividamento foi acompanhada de redução na inadimplência. O índice de famílias com dívidas ou contas em atraso diminuiu na comparação mensal, de 18,5% para 17,8% do total. Em janeiro de 2014, o porcentual de famílias que declararam estar inadimplentes ficou em 19,5%.
O grande risco para 2015, de acordo com a economista da CNC, é o mercado de trabalho piorar, com aumento do desemprego e queda na renda, o que poderia levar ao atraso nos pagamentos. Na visão de Marianne, essa piora deve ser lenta, com impacto moderado sobre a dinâmica de endividamento das famílias.